Formados em Cuba em
1º lugar no Revalida!
1 de setembro de 2013 | 09:27
O jornal Estado de São Paulo usou a Lei da Informação, criada por Dilma, e solicitou os resultados do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) em 2011 e 2012. O jornal, ultraconservador e inimigo mortal de Cuba, certamente queria usar os dados para atacar a iniciativa do governo federal de importar médicos cubanos.
Foi um tiro no pé.
Os dados repassados pelo Ministério da Educação revelaram que os médicos formados em Cuba foram os que obtiveram o melhor desempenho no exame.
A matéria traz ainda a declaração de uma médica que se formou em Cuba:
“A gente vê que os formados em Cuba têm um enfoque mais humanitário. Na faculdade, por exemplo, tive uma disciplina específica de Medicina Familiar e Comunitária e atendi os pacientes onde eles precisavam”, afirma a médica paulistana Denise Assumpção do Nascimento, de 32 anos.
Ela se formou na Elam em 2003, fez especialização em Medicina Comunitária na Venezuela e teve seu título revalidado no Brasil em 2011. Hoje, cursa Medicina do Trabalho no Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo (USP).
Alguém poderia repassar essa matéria para o pessoal da Globo, que apesar das desculpas esfarrapadas sobre seu apoio à ditadura (sobre o que ainda falaremos muito), insiste na prática da distorção sistemática das informações. Neste domingo, o Globo diz que, “na Venezuela, acordo com Cuba foi negativo”, mas não traz nenhum dado, apenas uma declaração genérica de “analistas locais” e “importantes médicos”.
Médicos e analistas tão importantes que não tem sequer um nome… Onde estão as estatísticas?
A bem da verdade, uma informação parecida já havia sido publicada, inclusive por aqui, há algumas semanas, quando foi divulgada uma tabela com a taxa de aprovação do Revalida em 2011 e 2012 segundo a nacionalidade dos candidatos inscritos. Venezuelanos e cubanos figuram em primeiro lugar.
Abaixo a matéria do Estadão:
Formados em Cuba lideram nos exames do Revalida
Dos 77 aprovados em 2012, 15 vieram da Escola Latino-Americana, cujo currículo é criticado por especialistas; exame é obrigatório no Brasil
31 de agosto de 2013 | 19h 45
Médicos formados em Cuba foram os mais aprovados no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) em 2011 e 2012. Dos 65 que conseguiram revalidar o diploma em 2011, 13 estudaram na Escola Latino-Americana de Cuba (Elam), assim como 15 dos 77 aprovados em 2012. Os dados são do Ministério da Educação (MEC) e foram obtidos via Lei de Acesso à Informação.
A escola oferece curso de Medicina para estudantes de 113 países, incluindo brasileiros saídos de movimentos populares. A instituição, porém, recebe críticas de especialistas e conselhos de Medicina brasileiros, pois seus profissionais têm de fazer um complemento nos estudos para atuar no sistema de saúde cubano.
Para o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Cid Célio Jayme Carvalhaes, os médicos aprovados no Revalida têm o conhecimento necessário para exercer a profissão no Brasil, apesar das críticas à escola. “Sabemos que, por determinação do governo cubano, os alunos da Elam não podem atuar em Cuba sem o complemento (residência). Mas, se foram aprovados no Revalida, têm o mínimo exigido para atuar no Brasil. Eles passaram, tiveram mérito”, disse.
Quem estudou na Elam e teve seu título aprovado no Brasil diz que não há diferença na prática médica dos dois países. “Mas a gente vê que os formados em Cuba têm um enfoque mais humanitário. Na faculdade, por exemplo, tive uma disciplina específica de Medicina Familiar e Comunitária e atendi os pacientes onde eles precisavam”, afirma a médica paulistana Denise Assumpção do Nascimento, de 32 anos.
Ela se formou na Elam em 2003, fez especialização em Medicina Comunitária na Venezuela e teve seu título revalidado no Brasil em 2011. Hoje, cursa Medicina do Trabalho no Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo (USP).
O corpo técnico e a vice-reitora da Elam, Yoandra Muro Valle, foram procurados pelo Estado, mas não responderam aos pedidos de entrevista.
Nessas duas edições do exame, os médicos formados na Bolívia foram os que mais se inscreveram. Em 2011, dos 677 inscritos, 304 haviam se formado naquele país. Em 2012, eles foram 411 dos 884. Porém, o porcentual de aprovação foi um dos menores, de 4,61% e 3,65%, respectivamente.
Para os estudantes que foram estudar na Bolívia, o principal fator para a baixa aprovação é a falta de controle do governo sobre a qualidade das escolas. “Os brasileiros são maioria na Bolívia e querem voltar para o País quando se graduam, como eu estou tentando. O problema é que tem aumentado o número de escolas de baixo preço, sem controle adequado do Estado”, diz o brasileiro Juan Domingo Alpire Ramos, formado em 2011 em Cirurgia Geral pela Universidad Mayor de San Simón, uma das mais tradicionais do país.
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