quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Houve algo didático no entorno do STF na semana que passou               


Luiz Carlos Azenha                                       VIOMUNDO                                               

                                   
                                   Com a devida licença de Merval, o 'décimo-segundo juiz'

Há um aspecto didático no que aconteceu em torno do STF na semana que passou. Depois do empate na votação sobre a admissibilidade dos embargos infringentes, em 5 x 5, a grande mídia se entregou a uma campanha de pressão como há muito não se via — talvez, apenas, durante as campanhas eleitorais. Ficou nua diante de leitores, ouvintes e telespectadores: tem lado e usa seu poder para “construir maiorias”, das urnas ao STF. Destaque para a capa da Veja, mas a revista já não é levada a sério como a Folha, que presume existir pairando sobre a opinião pública.

Daí que a pesquisa Datafolha feita apenas em SP, publicada no dia do voto de Celso de Mello, merece um prêmio. Serve para deixar evidente outra tática: o eixo Globo-Folha-Estadão-Veja se dedica diuturnamente a campanhas de propaganda e coroa seus esforços com pesquisas para “medir” o impacto de suas coberturas distorcidas e tendenciosas. Prêmio cara-de-pau para a Folha. Mas será que perde mesmo para o Merval, o décimo segundo juiz?

PS: Não desprezem o efeito dessas aulas práticas de manipulação. Quando Rodrigo Vianna deixou a Globo atirando, depois da campanha eleitoral de 2006, falava praticamente no deserto. Desde então surgiram milhares e milhares de testemunhas de que o que ele denunciou é fato. Número, diga-se, crescente graças a episódios como o que acabamos de viver.

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