Eleições 2014 têm uma semana decisiva
Antônio Lassance (*)
Brasília – Esta é uma semana decisiva para as eleições de 2014, na qual janelas podem se abrir e portas devem se fechar. Parte do mistério sobre quem será candidato a que, com o apoio de quem e por quais legendas pode ser desvendado nos próximos dias.
É nesta semana o desenlace da decisão do PSB de abandonar o governo Dilma e a base de apoio congressual da presidenta. Dilma pediu ao ministro da Integração, Fernando Bezerra, que permanecesse no cargo até sua volta de Nova York.
Na semana, deve-se também ter mais clareza sobre o efeito-dominó que a decisão nacional do PSB provocará nas administrações petistas que contam com a participação do PSB, e vice-versa: o PT terá que consultar os governadores e prefeitos dos governos do PSB nos quais participa para verificar até que ponto continuam bem-vindos ou se tornaram personas non gratas.
A queda de braço pode mostrar que os governos estaduais e municipais do PSB arriscam ser verdadeiros cavalos de Troia da candidatura Eduardo Campos, cheios de petistas em suas entranhas.
Também sobre o PSB, há um suspense quanto à decisão a ser tomada pelos irmãos Cid e Ciro Gomes. Se cogita que ambos podem mudar de partido como forma de desembarcar do projeto presidencial de Eduardo Campos e permanecer como aliados do governo Dilma e com o apoio do PT no estado.
As duas questões podem fazer Eduardo Campos terminar a semana mais fraco do que se imaginava.
No Rio de Janeiro, o PT se prepara para definir, no final de semana, sua situação em relação ao Governo do Rio de Janeiro. É provável que se coloque definitivamente a candidatura de Lindbergh Farias a governador em 2014, rompendo definitivamente a aliança com o PMDB do governador Sérgio Cabral (PMDB). Lindbergh já é oposição a Cabral faz tempo. O PT-RJ, ainda não, mas está a caminho de oficializar o divórcio.
O Tribunal Superior Eleitoral, que adiou a decisão sobre a criação dos partidos Rede (de Marina Silva) e Solidariedade (de Paulinho, da Força Sindical) deve, esta semana, bater o martelo sobre o nascimento ou não das duas siglas. O atraso já serviu para jogar uma ducha de água fria em ambos, diminuindo em muito o interesse de vários parlamentares de aproveitar a janela e pular para as duas novas legendas, que podem morrer na praia.
A semana é ainda crucial para responder ao enigma que devora o PSDB: José Serra permanecerá ou não no partido? Será candidato a quê? Por qual legenda? A única certeza absoluta, dada pelo próprio Serra, é a de que ele será candidato a alguma coisa. Disso, ninguém tenha dúvida.
(*) Antonio Lassance é doutor em Ciência Política pela Universidade de Brasília.
É nesta semana o desenlace da decisão do PSB de abandonar o governo Dilma e a base de apoio congressual da presidenta. Dilma pediu ao ministro da Integração, Fernando Bezerra, que permanecesse no cargo até sua volta de Nova York.
Na semana, deve-se também ter mais clareza sobre o efeito-dominó que a decisão nacional do PSB provocará nas administrações petistas que contam com a participação do PSB, e vice-versa: o PT terá que consultar os governadores e prefeitos dos governos do PSB nos quais participa para verificar até que ponto continuam bem-vindos ou se tornaram personas non gratas.
A queda de braço pode mostrar que os governos estaduais e municipais do PSB arriscam ser verdadeiros cavalos de Troia da candidatura Eduardo Campos, cheios de petistas em suas entranhas.
Também sobre o PSB, há um suspense quanto à decisão a ser tomada pelos irmãos Cid e Ciro Gomes. Se cogita que ambos podem mudar de partido como forma de desembarcar do projeto presidencial de Eduardo Campos e permanecer como aliados do governo Dilma e com o apoio do PT no estado.
As duas questões podem fazer Eduardo Campos terminar a semana mais fraco do que se imaginava.
No Rio de Janeiro, o PT se prepara para definir, no final de semana, sua situação em relação ao Governo do Rio de Janeiro. É provável que se coloque definitivamente a candidatura de Lindbergh Farias a governador em 2014, rompendo definitivamente a aliança com o PMDB do governador Sérgio Cabral (PMDB). Lindbergh já é oposição a Cabral faz tempo. O PT-RJ, ainda não, mas está a caminho de oficializar o divórcio.
O Tribunal Superior Eleitoral, que adiou a decisão sobre a criação dos partidos Rede (de Marina Silva) e Solidariedade (de Paulinho, da Força Sindical) deve, esta semana, bater o martelo sobre o nascimento ou não das duas siglas. O atraso já serviu para jogar uma ducha de água fria em ambos, diminuindo em muito o interesse de vários parlamentares de aproveitar a janela e pular para as duas novas legendas, que podem morrer na praia.
A semana é ainda crucial para responder ao enigma que devora o PSDB: José Serra permanecerá ou não no partido? Será candidato a quê? Por qual legenda? A única certeza absoluta, dada pelo próprio Serra, é a de que ele será candidato a alguma coisa. Disso, ninguém tenha dúvida.
(*) Antonio Lassance é doutor em Ciência Política pela Universidade de Brasília.
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