Uma Copa é nossa: a da
redução da mortalidade
infantil entre os países
presentes ao mundial
Afonso Capelas Jr.(*)
Esqueça por um momento os 7 a 1 que os alemães nos meteram nas semifinais da Copa do Mundo. Nosso maior consolo é que somos campeões do mundo em redução de mortes de crianças entre todos os países que participaram do torneio deste ano, aqui. É o que atesta a Organização Mundial da Saúde (OMS), órgão da ONU.
No início de julho, a OMS divulgou o ranking “Mortalidade infantil: qual é o placar?”. Nele estão os 31 países que vieram disputar a Copa, mais o Brasil. Na lista, todos apresentaram um significativo progresso na diminuição dos casos de mortes de recém-nascidos e crianças abaixo dos cinco anos de idade.
No Brasil, entretanto, essa redução no número de mortes chegou a 77%. Conquistamos, assim, o primeiro lugar entre os países que avançaram nessa questão desde 1990, ano em que a Copa do Mundo foi realizada na Itália.
Senão vejamos: em 1990 – portanto há 24 anos – a cada mil nascimentos no Brasil 62 crianças morriam antes de completarem cinco anos de idade. Hoje o número caiu para 14 por mil. Pode parecer um número ainda alto, se comparado com países desenvolvidos como a vencedora da Copa, Alemanha, que na lista da ONU ficou em 17º lugar. Por lá, a taxa de mortalidade infantil caiu de 9 por mil, em 1990, para 4 por mil este ano. Mas não deixa de ser uma redução drástica para nossos padrões. E promissora.
O ranking da OMS foi lançado em preparação ao Fórum dos Parceiros de 2014, em Johanesburgo, África do Sul, que aconteceu entre os 30 de junho e 1 de julho. O evento é organizado pela Parceria para a Saúde Materna, de Recém-Nascidos e Crianças (PMNCH). Trata-se de um grupo criado e liderado em 2005 pela Organização Mundial de Saúde. Reúne 625 organizações ligadas à saúde materno-infantil, entre governos, universidades, associações, ONGs, profissionais de saúde, instituições de pesquisa e empresariado.
De acordo com o coordenador de saúde infantil do Ministério da Saúde, Paulo Vicente Bonilha de Almeida, duas foram as principais razões para que o país conseguisse diminuir drasticamente a mortalidade infantil: “A expansão do acesso à saúde primária e o Bolsa Família, que é considerado pela própria ONU como o maior programa de transferência de renda do mundo”.
Outros fatores também contribuíram com esse quadro, na visão de Bonilha de Almeida: “O Programa Nacional de Imunização aumentou as taxas de vacinação entre as crianças brasileiras. Já o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno mais do que quadruplicou a amamentação”.
A redução da mortalidade infantil é uma das metas dos chamados Objetivos dos Milênio ((Millenium Development Goals). A ONU instituiu oito desses objetivos, chamados “8 Jeitos de Mudar o Mundo”. Além da redução da mortalidade infantil estão: acabar com a fome e a miséria; dar educação de qualidade para todos; promover a igualdade entre sexos e a valorização da mulher; melhorar a saúde das gestantes; combater a Aids, a malária e outras doenças; incentivar a qualidade de vida e respeito do meio ambiente; e ver todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.
“O ranking inspirado na Copa do Mundo mostra que quando governos priorizam a saúde da criança, podemos observar um significativo progresso”, disse Naveen Thacker, presidente eleito da Asia Pacific Pediatric Association (Associação Pediátrica da Ásia do Pacífico).
Ao menos no quesito redução da mortalidade infantil, o Brasil deu uma bela goleada.
Esqueça por um momento os 7 a 1 que os alemães nos meteram nas semifinais da Copa do Mundo. Nosso maior consolo é que somos campeões do mundo em redução de mortes de crianças entre todos os países que participaram do torneio deste ano, aqui. É o que atesta a Organização Mundial da Saúde (OMS), órgão da ONU.
No início de julho, a OMS divulgou o ranking “Mortalidade infantil: qual é o placar?”. Nele estão os 31 países que vieram disputar a Copa, mais o Brasil. Na lista, todos apresentaram um significativo progresso na diminuição dos casos de mortes de recém-nascidos e crianças abaixo dos cinco anos de idade.
No Brasil, entretanto, essa redução no número de mortes chegou a 77%. Conquistamos, assim, o primeiro lugar entre os países que avançaram nessa questão desde 1990, ano em que a Copa do Mundo foi realizada na Itália.
Senão vejamos: em 1990 – portanto há 24 anos – a cada mil nascimentos no Brasil 62 crianças morriam antes de completarem cinco anos de idade. Hoje o número caiu para 14 por mil. Pode parecer um número ainda alto, se comparado com países desenvolvidos como a vencedora da Copa, Alemanha, que na lista da ONU ficou em 17º lugar. Por lá, a taxa de mortalidade infantil caiu de 9 por mil, em 1990, para 4 por mil este ano. Mas não deixa de ser uma redução drástica para nossos padrões. E promissora.
O ranking da OMS foi lançado em preparação ao Fórum dos Parceiros de 2014, em Johanesburgo, África do Sul, que aconteceu entre os 30 de junho e 1 de julho. O evento é organizado pela Parceria para a Saúde Materna, de Recém-Nascidos e Crianças (PMNCH). Trata-se de um grupo criado e liderado em 2005 pela Organização Mundial de Saúde. Reúne 625 organizações ligadas à saúde materno-infantil, entre governos, universidades, associações, ONGs, profissionais de saúde, instituições de pesquisa e empresariado.
De acordo com o coordenador de saúde infantil do Ministério da Saúde, Paulo Vicente Bonilha de Almeida, duas foram as principais razões para que o país conseguisse diminuir drasticamente a mortalidade infantil: “A expansão do acesso à saúde primária e o Bolsa Família, que é considerado pela própria ONU como o maior programa de transferência de renda do mundo”.
Outros fatores também contribuíram com esse quadro, na visão de Bonilha de Almeida: “O Programa Nacional de Imunização aumentou as taxas de vacinação entre as crianças brasileiras. Já o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno mais do que quadruplicou a amamentação”.
A redução da mortalidade infantil é uma das metas dos chamados Objetivos dos Milênio ((Millenium Development Goals). A ONU instituiu oito desses objetivos, chamados “8 Jeitos de Mudar o Mundo”. Além da redução da mortalidade infantil estão: acabar com a fome e a miséria; dar educação de qualidade para todos; promover a igualdade entre sexos e a valorização da mulher; melhorar a saúde das gestantes; combater a Aids, a malária e outras doenças; incentivar a qualidade de vida e respeito do meio ambiente; e ver todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.
“O ranking inspirado na Copa do Mundo mostra que quando governos priorizam a saúde da criança, podemos observar um significativo progresso”, disse Naveen Thacker, presidente eleito da Asia Pacific Pediatric Association (Associação Pediátrica da Ásia do Pacífico).
Ao menos no quesito redução da mortalidade infantil, o Brasil deu uma bela goleada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário