Denúncia da Folha/SP contra Aécio prenuncia ofensiva do jornal
contra Dilma
Não se deixe iludir pela inédita denúncia da Folha contra Aécio Neves. Sempre que esse jornal publica alguma coisa contra um tucano graúdo – e, em 2014, o neto de Tancredo Neves é o tucano mais graúdo da praça –, o objetivo é ganhar credibilidade para, em seguida, atacar um petista. Principalmente se for ano eleitoral.
Há inúmeros episódios iguais, na Folha. De forma recorrente, toda vez que esse jornal divulga denúncias (invariavelmente fracas, apesar de existirem outras mais fortes) contra tucanos é para preparar ataque pesado contra petistas.
Para que se tenha uma ideia, após mais de um ano de artilharia incessante e diária contra Dilma finalmente aparece em um veículo de alcance nacional denúncia vistosa contra um político que, durante seus governos de Minas Gerais, sofreu toneladas de denúncias da oposição, as quais a mídia mineira e a nacional esconderam e escondem descaradamente.
Um grupo de deputados mineiros de oposição, aliás, criou o site “Minas Sem Censura” para repercutir tudo o que a mídia local esconde para defender o “coronel” Aécio Neves, eminência parda que governa o Estado com mão de ferro e criminaliza adversários políticos, chegando a mandar prendê-los simplesmente por lhe fazerem críticas, com o beneplácito do judiciário e da imprensa.
Nunca faltou denúncia contra Aécio Neves. O site supracitado publicou dezenas. Houve investigações no Ministério Público, na Justiça, mas nada nunca alcançou a grande mídia nacional, o que permitiu à mídia mineira esconder tudo.
Nesse contexto, a manchete de primeira página da última edição dominical da Folha de São Paulo contra Aécio Neves deve seguir o roteiro de outras oportunidades em que aquele jornal fez uma denúncia “fraca” contra um tucano para que denúncia “forte” contra petista ganhasse credibilidade.
O caso mais revoltante dessa estratégia da Folha ocorreu no fim de 2009, a cerca de um mês do ano eleitoral em que Dilma Rousseff, com o apoio de Lula, derrotou o tucano José Serra. Míseros 12 dias separaram notícia fraca contra Fernando Henrique Cardoso de um ataque virulento e imoral contra Lula.
Após 18 anos do nascimento de filho do ex-presidente tucano com uma jornalista da Globo um grande órgão de imprensa publicou história que todos os que se interessam por política sabiam havia muito, graças à imprensa “alternativa”. E, mesmo assim, porque FHC decidiu assumir publicamente o filho.
Em 15 de novembro de 2009, a Folha publicou a matéria “FHC decide reconhecer oficialmente filho que teve há 18 anos com jornalista”, assinada pela colunista Mônica Bergamo.
Apesar de não ser exatamente uma “denúncia”, a notícia (velha) tinha um quê de negatividade para o ex-presidente tucano. Afinal, ele cometerá traição à esposa, Ruth Cardoso, que falecera um ano antes. Mas graças às suas boas relações com a mídia o tucano conseguiu manter o caso escondido por quase duas décadas.
O que mais impressiona nesse episódio é que entre o dia em que foi feita a “denúncia” contra FHC e o dia em que a Folha publicou um ataque asqueroso contra Lula, passaram-se míseros 12 dias.
No dia 27 do mesmo mês de novembro de 2009, a Folha publicou “análise” de um sujeito chamado “César Benjamin” sob a rubrica “Especial para a Folha”. Não se tratava de análise alguma, mas de um ataque criminoso.
Chegava às telas de cinema o longa-metragem Lula, filho do Brasil, baseado em livro homônimo da jornalista Denise Paraná. O filme provocou a ira da mídia tucana, pois não combinava com seus ataques incessantes ao ex-presidente e revelava ao Brasil a história épica do líder metalúrgico que chegou à Presidência da República.
O texto de Benjamin foi escrito para rotular o filme como “mistificação”. Esse indivíduo esteve preso com Lula em 1971 e, no que a Folha chamou de “análise”, o autor acusou o então presidente da República de ter tentado estuprar um colega de cela.
Esse processo de fazer algum ataque episódico a tucanos para em seguida intensificar os ataques incessantes contra petistas é recorrente na Folha e vem de anos. Os casos supracitados são apenas os mais escandalosos na história recente, mas há muitos outros anteriores e posteriores.
Por outro lado, a denúncia é fraca. Aécio pode se defender de várias formas. A matéria acusa o governo do tucano de ter mandado construir um aeroporto na fazenda de um tio, mas o caso desencadeou uma disputa na Justiça entre esse parente do então governador de Minas Gerais e o governo do Estado. Não vai dar em nada, pois.
O que se deve ter em mente é que essa denúncia fraca e espalhafatosa prenuncia alguma armação da Folha contra Dilma nos próximos dias. Não deve passar do fim deste mês. Além disso, em um momento em que cresce a percepção de partidarismo antipetista da mídia do eixo São Paulo-Rio, essa “denúncia” pretende ser um tipo de “antídoto”.
Não se deixe iludir pela inédita denúncia da Folha contra Aécio Neves. Sempre que esse jornal publica alguma coisa contra um tucano graúdo – e, em 2014, o neto de Tancredo Neves é o tucano mais graúdo da praça –, o objetivo é ganhar credibilidade para, em seguida, atacar um petista. Principalmente se for ano eleitoral.
Há inúmeros episódios iguais, na Folha. De forma recorrente, toda vez que esse jornal divulga denúncias (invariavelmente fracas, apesar de existirem outras mais fortes) contra tucanos é para preparar ataque pesado contra petistas.
Para que se tenha uma ideia, após mais de um ano de artilharia incessante e diária contra Dilma finalmente aparece em um veículo de alcance nacional denúncia vistosa contra um político que, durante seus governos de Minas Gerais, sofreu toneladas de denúncias da oposição, as quais a mídia mineira e a nacional esconderam e escondem descaradamente.
Um grupo de deputados mineiros de oposição, aliás, criou o site “Minas Sem Censura” para repercutir tudo o que a mídia local esconde para defender o “coronel” Aécio Neves, eminência parda que governa o Estado com mão de ferro e criminaliza adversários políticos, chegando a mandar prendê-los simplesmente por lhe fazerem críticas, com o beneplácito do judiciário e da imprensa.
Nunca faltou denúncia contra Aécio Neves. O site supracitado publicou dezenas. Houve investigações no Ministério Público, na Justiça, mas nada nunca alcançou a grande mídia nacional, o que permitiu à mídia mineira esconder tudo.
Nesse contexto, a manchete de primeira página da última edição dominical da Folha de São Paulo contra Aécio Neves deve seguir o roteiro de outras oportunidades em que aquele jornal fez uma denúncia “fraca” contra um tucano para que denúncia “forte” contra petista ganhasse credibilidade.
O caso mais revoltante dessa estratégia da Folha ocorreu no fim de 2009, a cerca de um mês do ano eleitoral em que Dilma Rousseff, com o apoio de Lula, derrotou o tucano José Serra. Míseros 12 dias separaram notícia fraca contra Fernando Henrique Cardoso de um ataque virulento e imoral contra Lula.
Após 18 anos do nascimento de filho do ex-presidente tucano com uma jornalista da Globo um grande órgão de imprensa publicou história que todos os que se interessam por política sabiam havia muito, graças à imprensa “alternativa”. E, mesmo assim, porque FHC decidiu assumir publicamente o filho.
Em 15 de novembro de 2009, a Folha publicou a matéria “FHC decide reconhecer oficialmente filho que teve há 18 anos com jornalista”, assinada pela colunista Mônica Bergamo.
Apesar de não ser exatamente uma “denúncia”, a notícia (velha) tinha um quê de negatividade para o ex-presidente tucano. Afinal, ele cometerá traição à esposa, Ruth Cardoso, que falecera um ano antes. Mas graças às suas boas relações com a mídia o tucano conseguiu manter o caso escondido por quase duas décadas.
O que mais impressiona nesse episódio é que entre o dia em que foi feita a “denúncia” contra FHC e o dia em que a Folha publicou um ataque asqueroso contra Lula, passaram-se míseros 12 dias.
No dia 27 do mesmo mês de novembro de 2009, a Folha publicou “análise” de um sujeito chamado “César Benjamin” sob a rubrica “Especial para a Folha”. Não se tratava de análise alguma, mas de um ataque criminoso.
Chegava às telas de cinema o longa-metragem Lula, filho do Brasil, baseado em livro homônimo da jornalista Denise Paraná. O filme provocou a ira da mídia tucana, pois não combinava com seus ataques incessantes ao ex-presidente e revelava ao Brasil a história épica do líder metalúrgico que chegou à Presidência da República.
O texto de Benjamin foi escrito para rotular o filme como “mistificação”. Esse indivíduo esteve preso com Lula em 1971 e, no que a Folha chamou de “análise”, o autor acusou o então presidente da República de ter tentado estuprar um colega de cela.
Esse processo de fazer algum ataque episódico a tucanos para em seguida intensificar os ataques incessantes contra petistas é recorrente na Folha e vem de anos. Os casos supracitados são apenas os mais escandalosos na história recente, mas há muitos outros anteriores e posteriores.
Por outro lado, a denúncia é fraca. Aécio pode se defender de várias formas. A matéria acusa o governo do tucano de ter mandado construir um aeroporto na fazenda de um tio, mas o caso desencadeou uma disputa na Justiça entre esse parente do então governador de Minas Gerais e o governo do Estado. Não vai dar em nada, pois.
O que se deve ter em mente é que essa denúncia fraca e espalhafatosa prenuncia alguma armação da Folha contra Dilma nos próximos dias. Não deve passar do fim deste mês. Além disso, em um momento em que cresce a percepção de partidarismo antipetista da mídia do eixo São Paulo-Rio, essa “denúncia” pretende ser um tipo de “antídoto”.
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