segunda-feira, 21 de julho de 2014

Governo e 'Bom Senso FC' discutem democratização do futebol brasileiro

                                           

Representantes do governo federal e dirigentes do 'Bom Senso Futebol Clube' participaram na tarde desta segunda-feira (21) de uma coletiva de imprensa para comentar a reunião que tiveram com a presidenta Dilma. Este foi o segundo encontro entre os representantes do movimento e a presidenta.  Na pauta, a democratização da CBF, a estruturação de clubes do País, o futebol feminino e questões de responsabilidades fiscal dos clubes.

O secretário Nacional de Futebol do Ministério do Esporte destacou que a questão da democratização da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é algo que extrapola os poderes do governo. “A Constituição proíbe intervenção na CBF.  A Intervenção do governo na CBF pressupõe a suspensão do Brasil nas competições internacionais. A questão é saber se juridicamente é possível ou não. Estamos tentando pôr em pratica as formas de democratização na CBF, de que formas elas podem ser feitas”.

Para o secretário, os resultados da seleção não podem pautar questões extra-campo relacionadas ao futebol. “Não sei se o governo precisa estar satisfeito com a gestão da CBF. Os resultados da seleção não podem ser o foco. A renovação do futebol é mais importante. Crianças e jovens estão sendo aliciados por empresários. É hora de não fortalecer os empresários. Vamos analisar a relação empresário-clube.     

       
Para o diretor-executivo do Bom Senso Futebol Clube, Ricardo Borges Martins, “democratizar significa dar voz ao corpo de atletas e aos árbitros para mudar ou influir nas decisões importantes do esporte. A nova visão de pessoas com backgrounds diferentes precisa dar um novo ar ao contexto do futebol. Queremos colocar propostas de melhoria na CBF e que o projeto seja feito da melhor forma possível”, destacou.
Responsabilidade fiscal
A entidade formada por jogadores de futebol profissional , Bom senso Futebol Clube, defende a gestão e as boas práticas dos clubes e federações de futebol. O Fair Play Financeiro, como ficou conhecido o pacote de sugestões do Bom Senso, inclui, além do saneamento das finanças dos clubes, o cumprimento das obrigações trabalhistas e fiscais.
Segundo os integrantes do Bom Senso, os clubes de futebol não poderiam apresentar déficit superior a 10% de sua renda total nos dois primeiros anos de saneamento financeiro e de gestão quando aderissem ao sistema proposto para sanear o setor. A partir do quinto ano, nenhum déficit seria mais aceito e haveria punições para aqueles que não cumprissem as regras, como multa, perda de pontos e eliminação dos campeonatos. 

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