Governo e 'Bom Senso FC' discutem democratização do futebol brasileiro
Representantes do governo federal e
dirigentes do 'Bom Senso Futebol Clube' participaram na tarde desta segunda-feira
(21) de uma coletiva de imprensa para comentar a reunião que tiveram com a
presidenta Dilma. Este foi o segundo encontro entre os representantes do
movimento e a presidenta. Na
pauta, a democratização da CBF, a estruturação de clubes do País, o futebol
feminino e questões de responsabilidades fiscal dos clubes.
O
secretário Nacional de Futebol do Ministério do Esporte destacou que a questão
da democratização da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é algo que
extrapola os poderes do governo. “A Constituição proíbe intervenção na
CBF. A Intervenção do governo na CBF pressupõe a suspensão do Brasil nas
competições internacionais. A questão é saber se juridicamente é possível ou
não. Estamos tentando pôr em pratica as formas de democratização na CBF, de que
formas elas podem ser feitas”.
Para
o secretário, os resultados da seleção não podem pautar questões extra-campo
relacionadas ao futebol. “Não sei se o governo precisa estar satisfeito com a
gestão da CBF. Os resultados da seleção não podem ser o foco. A renovação do
futebol é mais importante. Crianças e jovens estão sendo aliciados por
empresários. É hora de não fortalecer os empresários. Vamos analisar a relação
empresário-clube.
Para o diretor-executivo do Bom Senso Futebol Clube, Ricardo Borges Martins, “democratizar significa dar voz ao corpo de atletas e aos árbitros para mudar ou influir nas decisões importantes do esporte. A nova visão de pessoas com backgrounds diferentes precisa dar um novo ar ao contexto do futebol. Queremos colocar propostas de melhoria na CBF e que o projeto seja feito da melhor forma possível”, destacou.
Responsabilidade fiscal
A entidade formada por jogadores de futebol profissional , Bom senso Futebol Clube, defende a gestão e as boas práticas dos clubes e federações de futebol. O Fair Play Financeiro, como ficou conhecido o pacote de sugestões do Bom Senso, inclui, além do saneamento das finanças dos clubes, o cumprimento das obrigações trabalhistas e fiscais.
Segundo os integrantes do Bom Senso, os clubes de futebol não poderiam apresentar déficit superior a 10% de sua renda total nos dois primeiros anos de saneamento financeiro e de gestão quando aderissem ao sistema proposto para sanear o setor. A partir do quinto ano, nenhum déficit seria mais aceito e haveria punições para aqueles que não cumprissem as regras, como multa, perda de pontos e eliminação dos campeonatos.
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