Vai ter “rave cívica” durante
a Copa do Mundo?
Do AMgóes - O 'simbolismo'(vazio) do quebra-quebra do ano passado pode até se repetir, com reações imprevisíveis dos atingidos pela insânia destruidora de 'black blocs' & cia contra patrimônios públicos e particulares. Dará liga outra vez, quando não mais terá a marca do 'inusitado', da 'surpresa indignada e sem freio'? A oposição(da direita empedernida à ultraesquerda dita 'revolucionária'), fragmentada por não dispor, neste ano eleitoral, de alternativas consistentes ao projeto de governo em curso, tentará pegar carona nos protestos desde já convocados nas redes sociais para o período da Copa? Posso estar enganado, mas entendo que o 'modelo' de 'insurgência' de 2013 está com validade vencida e não mais ocorrerá, pelo menos na magnitude deflagrada pela primeira vez. Poderiam até promover um 'ensaio do 'caos' no Reveillon do Rio. Ou de São Paulo. Ou Salvador. Com apoio subreptício da mídia do PiG, que dedicou suas manchetes de dezembro ao presságio do 'apocalipse' sobre as contas federais(mera falácia, ao fim e ao cabo). Só para testar a reação dos turistas, boa parte com intenção de voltar na Copa. Não o fizeram porque seriam ignorados pela massa incontrolavelmente festeira do Ano Novo. Na Copa do Mundo, com a galera transformada em milhões de técnicos de futebol, ávida pelo sexto título brasileiro, agora dentro de casa - ansiada 'vingança' ao 'Maracanazzo' de 1950 -, acho improvável 'emplacarem'. Todavia, aguardemos os próximos meses para sentir a disposição predadora do imponderável 'inconsciente coletivo'(com royalties à memória do dr. Carl Jung, 'please'). Além disso, os 'indignados contra tudo que aí está', como ponderou Garrincha em 1958, na Suécia, terão que 'combinar com os russos'... Caso contrário, o gol que pretendem fazer poderá ocorrer contra as próprias redes.
NÃÃÃÃO! VAI TER COPA!!!
Lelê Teles, por e-mail
É importante não esquecer, os barões da mídia torceram desde o início contra o sucesso do Brasil na copa. É fundamental saber, em 2011 os fracassomaníacos da revista Veja fizeram uma “radiografia” das obras e constataram que alguns estádios não ficariam prontos nunca.
Reinaldo Azevedo listou: o Mineirão só ficaria pronto em 2020; a Arena Pernambuco, em 2025; o Maracanã, em 2038; já os estádios do Paraná, do Rio Grande do Norte e de São Paulo jamais seriam concluídos! Como se sabe, o negócio desses cabras não é informação, a desinformação pra eles é que é um bom negócio. Não podemos deixar escapar que a Copa será realizada em ano eleitoral e se tudo correr bem, ocorrerá mal para a oposição, a mídia velha aí incluída. Porém, os estádios estão quase todos prontos, as chaves do torneio já foram sorteadas e nunca houve tanta procura por ingressos na história das copas. O que pode dar errado?
Ora, ainda resta uma saída, sabotar. Para tanto, os deformadores de opinião decidiram pregar um mantra: “não vai ter copa”. A partir daí, blogueiros e alguns políticos de direita (Marina Silva incluída) passaram a incentivar a juventude a voltar às ruas, na tentativa de recriar o clima de rave cívica que tomou conta do Brasil em junho de 2013. Já há páginas no Facebook convocando a moçada. Na convocação que recebi pelo Face está escrito em inglês: Operation World Cup. Na página de Brasília ainda há o complemento: Soccer World Cup 2014 For Whom?
Todos sabemos que o inglês é a língua oficial dos coxinhas e dos vira-latas. Aliás, o inglês estadunidense, como deixam claro ao usarem a palavra 'soccer'. E quem está sendo convocado? Vejamos o que diz o “manifesto” NÃO VAI TER COPA: “(…) A Copa FIFA 2014 apresenta “atrações” implícitas também, mas essas o governo brasileiro optou por esconder do mundo. Fazendo um tour você conhecerá um pouco mais sobre o Brasil. Ao chegar ao país, você, turista, pode ser surpreendido por assaltos com armas de fogo…” e vão listando os problemas estruturais do país, saúde, segurança, transporte etc.
Mas vem cá, esses caras estão convocando turistas estrangeiros para fazerem protestos contra a copa do mundo no Brasil, é isso? É o que deixam evidente no “manifesto” ao dizerem “ao chegar ao país, você, turista…”. Não, não. Eles estão a convocar os brasileiros a saírem as ruas e invocam os estrangeiros a não saírem as ruas brasileiras, é o que se lê mais adiante: “O clamor popular de Janeiro em diante terá apenas uma voz: NÃO VAI TER COPA. Se você também não concorda com as atitudes desse governo, junte-se a nós”. E o texto termina assim: “Brasileiros, lutem. Turistas, para não se decepcionarem, não venham”. O diabo é que os turistas já compraram ingressos, alguns compram pacotes turísticos, outros estão a fazer reservas em hotéis e congêneres. Eles virão e em grande quantidade.
O presidente da FIFA, Joseph Blatter, acredita que haverá protestos “mais estruturados” durante a copa. No entanto, afirma que o evento será inesquecível, o suíço crê que no Brasil futebol é quase uma religião. A presidenta Dilma saiu em defesa do Brasil e afirma que a #CopadasCopas será um sucesso. No ano passado, o ex-governador de Sergipe, Marcelo Déda(recém-falecido), em um discurso histórico na ocasião da inauguração da ponte 'Gilberto Amado', em Aracaju, comparou os pessimistas ao Velho do Restelo, personagem de Camões, em Os Lusíadas, que via as naus portuguesas partirem para as índias e dizia: “Vai dar errado. ” Dilma gostou da imagem e passou a usá-la. Haverá protestos, sim. Já houve antes ora, bolas.
Na Copa da França, em ’98, os pilotos da Air France entraram em greve dias antes da abertura do mundial. Vimos protestos violentos durante a Copa do Mundo na África do Sul, com saldo de um morto e diversos feridos; durante as obras, 70 mil operários sul africanos cruzaram os braços em protesto por melhores salários. Já nos Jogos Olímpicos do México, em ’68, os protestos foram tão violentos que 44 manifestantes morreram.
Durante os Jogos Olímpicos de Seul também tivemos manifestações, mas os jogos seguiram normalmente. Em 1996, 203 pessoas morreram após a explosão de um boing na Costa de Long Island. Os Estados Unidos estavam assustados com a ameaça de terrorismo. Mesmo assim os jogos Olímpicos seguiam. Dez dias depois, uma bomba explodiu no Centennial Olympic Park, em Atlanta, a poucos metros da vila olímpica, matando duas pessoas e ferindo mais de 100. Contudo, os jogos não foram interrompidos. Como se vê, as competições esportivas internacionais seguem normalmente, apesar de protestos e incidentes.
No Brasil, o que se pretende é manchar a imagem do governo trabalhista. Tudo indica que o Gigante, agora conhecido como 'Velho do Restelo', vai se divertir tomando bala de borracha e cheirando gás lacrimogêneo, cada um se diverte como acha melhor. Se os protestos seguirem a lógica da rave cívica junina, veremos carros da imprensa sendo incendiados, repórteres tomando tiro no olho e cassetetadas nas canelas e cinegrafistas posicionados como 'snipers', voando em helicópteros ou empoleirados no alto dos edifícios. É difícil acreditar, mas tem gente apostando nesse caos improvável. Vai ter marmelada? NÃO, VAI TER COPA!
PS do Viomundo: Concordo com o Lelê. Vai ter Copa e, se houver protesto, não será novidade. A não ser que o governo Dilma adote a linha de Vladimir Putin, que proibiu — depois, voltou atrás — protestos em Sochi, que vai sediar os Jogos Olímpicos de Inverno. Se depender da opinião de alguns militantes petistas mais nervosos, Dilma fará como os chineses, que durante as Olimpíadas esconderam atrás de paredes altas e improvisadas tudo aquilo que não consideravam “adequado”. Protestar nas ruas é um direito e não deve ficar restrito à esquerda. Denunciar protestos eleitoralmente motivados é uma coisa; fazer campanha para limitar o direito à manifestação de quem quer que seja é outra, muito diferente.
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