Da Reuters, nesta quinta-feira, 23:
“O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) iniciou o ano desacelerando, com alta de alta de 0,67 por cento em janeiro(…) Em 12 meses, o indicador subiu 5,63 por cento, segundo informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mas, apesar de menor do que os 5,85 por cento do mês anterior, continua em níveis elevados.(…)Os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters, cuja mediana apontava alta de 0,80 por cento na comparação mensal e 5,76 por cento em 12 meses. E também mostraram desaceleração em relação ao IPCA de dezembro, quando subiu 0,92 por cento e encerrou o ano com alta de 5,91 por cento.”
Essas comparações com dezembro tem pouca valia.
Janeiro e fevereiro são meses atípicos, onde dois fatores, essencialmente, provocam aceleração da inflação: alimentação e despesas pessoais.
Este ano, alimentação, com alta de 0,96% – sempre é alta em janeiro, lembre-se do tomate – representou 0,24% no índice e as despesas pessoais, com 1,31%, contribuiu com 0,14 do índice final. Ou seja, ambas somaram uma influência de 0,38%
Bem menos que 2013, quando significaram 0,54 ponto percentual de impacto, sendo 0,35 %. relativo à alimentação, que subiu 1,45% e 0,19% relativo às despesas pessoais, que aumentaram 1,8%.
Embora, é claro, todos nós percebamos a alta dos preços, quando compra alimentos – que sobem esta época – ou tenhamos nossas despesas pressionadas em janeiro, por conta de impostos (IPTU,IPVA, etc), do ponto de vista de análise econômica, este é o conteúdo mais importante do índice, mais do que o próprio número final, que sobre influência de itens muito específicos, cuja elevação ou rebaixamento de preços é dependente de poucos agentes (gasolina, passagens aéreas,por exemplo)
Isso quer dizer que há um proceso de redução da inflação. Não, não se pode dizê-lo.
Mas não ocorreu o maior perigo que vive nossa estabilidade econômica: a campanha de insegurança levar a um explosão de preços no período em que eles mais costumam subir.
Que bom se pudermos continuar a “decepcionar” as previsões catastrofistas.
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