Estou assistindo a essa “onda” em torno da “cara de ofendido” do Eduardo Campos por ter sido chamado de “tolo” e “playboy” no Facebook do PT.
Onda. Por que?
Porque é uma bobagem e porque Campos não é nem tolo, nem playboy.
É ambicioso e dedicado às suas ambições.
Tolo é o dirigente petista que não viu que, apesar do seu comportamento traiçoeiro em relação a Lula e a Dilma, o “marketing” de Campos é se fazer de vítima do PT.
O dele, aliás, e o de Marina Silva.
E depois do 2598° episódio em que uma afirmação mais dura num twitter ou facebook oficial gerou, o mané que postou isso no “face” oficial do PT não podia ser ingênuo ao ponto de não adivinhar que fariam um cavalo de batalha da questão.
Tolo, portanto, se aplica ao autor da burrada, que está fazendo a mídia e Eduardo Campos deitarem e rolarem numa bobagem infantil.
Quando se ocupa uma posição oficial numa instituição, pública ou privada, tem-se de por freios à língua. Fui assessor de imprensa de Leonel Brizola por 20 anos, cansei de dar declarações em nome dele e nunca arranjei encrencas.
Ele sim, podia e devia, querendo, soltar a língua.
O que foi feito é uma tolice. porque não está se discutindo o mérito da questão, mas apenas a “etiqueta” da disputa eleitoral, não o seu conteúdo.
Mas a situação revela também uma angústia petista.
Já não se vê entre seus líderes quem enfrente a polêmica.
O partido está cheio de Cardozos, Bernardos e outros, sempre prontos a marcarem gols contra seu governo, pela direita.
Aí vai um inexperiente, ansioso, avança pela esquerda e…faz outro gol contra.
Na campanha passada, foi preciso que o próprio Lula fizesse a polêmica, com todos os riscos que isso representa quando se é Presidente da República.
De novo, desta vez, o titular do “assunto Eduardo Campos” é Lula, quase que apenas ele.
É nele que há a indiscutível autoridade moral para apontar o papel que o pessebista, depois de tudo o que recebeu politicamente está aceitando desempenhar: o de oferecer-se como alternativa para as elites, diante da fraqueza de Aécio Neves para a “missão”.
O resto é tolice.
E fazer o jogo da mídia “muy amiga”.
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