quinta-feira, 2 de julho de 2015

Neste final de noite de quinta, 2:

Bomba!!! FMI “racha” com Merkel e UE, propondo 20 anos de alívio à Grécia

Fernando Brito
Resultado de imagem para Imagens do FMI com novo governo gregoMais uma reviravolta surpreendente da novela grega, agora nos últimos capítulos, antes do plebiscito de domingo.
O Fundo Monetário Internacional anunciou, segundo o jornal inglês The Guardian, que está disposto a participar de um empréstimo extra de até € 60 bilhões (R $ 42 bilhões) nos próximos três anos, uma redução da dívida em larga escala e 20 anos de prazo de “alívio”, ” para criar um espaço para respirar e estabilizar a economia”.
O Fundo, que apesar de uma presidente francesa, tem o comando dos EUA e do Reino Unido (que vive também a expectativa de um plebiscito sobre o grau de adesão à União Europeia) tirou o tapete dos alemães, que estavam bancando uma posição de “tudo ou nada”, esperando a derrubada do  governo de Alexis Tsipras.
Resultado de imagem para Imagens do FMI com novo governo gregoTsipras reagiu imediatamente abrindo a porta para o entendimento  afirmando que essa proposta  “nunca foi colocada durante as negociações”, e insistiu que o “não” no plebiscito não é a negação da Europa, mas uma afirmação de que “o povo grego não pode ser sangrado por mais tempo. ”
A postura do FMI, embora credor minoritário dos gregos (veja o gráfico) , é um profundo abalo na pressão alemã, que apostou da “faca no pescoço” dos gregos. Um alto funcionário do Fundo, segundo o Guardian, disse que “se estamos pedindo  aos gregos para fazer as coisas muito difíceis, também estamos pedindo aos europeus que façam algo muito difícil”.
Claro que o Fundo continua a exigir cortes nas despesas gregas, mas abriu um profundo “racha” com a posição europeia, comandada por Angela Merkel,  e isso representou uma cunha (desculpem pela palavra) no bloco dos credores.
Há algo acontecendo na aliança americano-europeia, podem ter certeza.
Neste jogo, ninguém prega prego sem estopa.
Mas foi aberto um novo espaço para os gregos na solução da crise.

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