Estado “bom” subsidia os empresários:
Os nossos amigos neoliberais, tão acostumados a exigir “menos gastos públicos” quando se trata de cortar dos trabalhadores, dos aposentados, dos investimentos públicos deveriam ler a edição do The Guardian, desta quarta-feira(8).
Assim, cru e direto: “os contribuintes (do Reino Unido) estão entregando às empresas 93 bilhões de libras (R$ 477 bilhões) por ano” , na forma de “subvenções, subsídios e isenções fiscais”.
É mais do que as empresas recolhem de impostos, muito mais.
“No exercício de 2012-13, o governo gastou 58.2 bilhões de libras em subsídios, subvenções e incentivos fiscais corporativos. Recolheu das sociedades beneficiadas apenas 41.3 bilhões de libras”, diz o jornal.
Olhe o gráfico e veja quando isso começou a se intensificar.
Lógico, com a crise de 2008.
Aqui, os idiotas dizem que o governo gastou demais estimulando o consumo e elevando (ai!) os salários.
Lá, a grana foi mesmo é direto para as empresas.
O primeiro-ministro David Cameron, conservador, chama isso de “bem estar corporativo”.
No bem-estar social, o bom e velho “welfare state”, tesoura.
Nesta quarta mesmo, ao divulgar o novo Orçamento, o governo inglês anunciou cortes de 34,9 bilhões de libras no orçamento da seguridade social, especialmente a aposentados.
Evidente que os britânicos não são um bando de imbecis e subsidiam para segurar o funcionamento de sua decadente economia, cada vez mais exposta pela crise.
Devem, em títulos públicos, 90% do PIB e nem por isso tem de subir juros para se financiar, muito menos para dever mais.
É que lá é, ou quase, o centro do mundo, enquanto nós estamos gramando para existirmos no planeta.
O Estado é sempre uma ferramenta econômica.
O que se tem de saber é a serviço do quê e de quem...
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