Porque a “batida” na casa
de Collor atinge em cheio
Renan e Cunha
A esta altura, creio que ninguém com um mínimo de lucidez espera encontrar provas materiais de corrupção dos casos apurados pela Operação Lava Jato dormindo nas gavetas das casas ou escritório dos acusados.
Pode até haver alguma exceção, de algum político ou empresário que habite o mundo da Lua e tenha deixados guardados bilhetes, planilhas, e-mails ou qualquer coisa do gênero que os possa comprometer.
As pistas e provas, se existirem, só podem ser reunidas por movimentações bancárias, saques, recebimentos, remessas ao exterior e outras operações do tipo, que não vão ter comprovantes guardados tal como eu e o distinto leitor guardamos recibos de pagamento das contas de luz, telefone, água…
Mesmo os computadores, qualquer guri sabe, ficam à mercê de um mero HD externo, que guarda numa embalagem do tamanho de um maço de cigarros milhares de documentos que não se queira deixar em um disco rígido local.
O que levou, então, o MP a requerer e o Supremo a autorizar as “batidas” de hoje?
A interpretação que se deve dar a essa movimentação espalhafatosa não está nos autos dos processos, mas na construção de um suporte político para operações mais agudas.
Collor e o exibicionismo de sua coleção de carros certamente são uma “benção” para esta “ação de marketing judicial”, melhor não haveria.
Ninguém duvide que se vai “medir” a reação do Senado e da Câmara e preparar outros movimentos.
Porque não é só na 'Câmara Alta' que Paulo Roberto Costa despejava suas benesses. Na Câmara(baixa), o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras também abastecia muita gente…
Outras escaramuças virão, de preferência durante o recesso parlamentar que começa no final desta semana.
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