A pior decisão que alguém pode tomar, na política ou em qualquer área da vida é tentar ser diferente do que sempre foi.
Aécio Neves está se lambuzando neste erro, ao proclamar-se o feroz “general da oposição”.
Não foi como homem feroz, mas jeitoso, que se fez presidente da Câmara, nem governador de Minas e muito menos que se habilitou ao posto de candidato a Presidente, lugar que Serra acabou tendo de deixar pela rejeição estigmatizante que reuniu em 2010.
Aécio, confiante nos seus tempos de praia, espera surfar na “onda” de oposicionismo histérico construída pela mídia a partir de uma guera econômica prolongada e de um caso de polícia e bandido, cuja alimentação seletiva feita por um grupo de policiais e promotores, com o beneplácito de um juiz de primeira instância que se candidata a Joaquim Barbosa II.
Se fosse mesmo observador, ainda que de praia, Aécio saberia que ondas não apenas passam como, muitas vezes, “enchem”: perdem a força e não levam o surfista a lugar nenhum.
O tucano está cometendo um erro crasso em política e em marketing: o da superexposição.
E o da superexposição pelo radicalismo, o que é ainda pior, porque lhe transmite um ar de inconformismo pós-eleitoral.
De pouco ou nada adianta que formalmente diga que não se vincula aos que pregam golpe militar e impeachment se, nas reuniões e manifestações da intolerância é o “rei dos coxinhas”.
Convenhamos: Aécio não tem densidade política para ver-se como um Napoleão no exílio, cuja volta as massas exigirão.
Ninguém sem o porte de um estadista – o que absolutamente lhe falta – consegue se manter candidato por quatro anos.
O que consegue é tornar-se tão ou mais estigmatizado que Serra, que se inviabiliza nas eleições nacionais por partir, exceto em São Paulo, de uma repulsa eleitoral generalizada.
Aécio começou o processo eleitoral com uma rejeição de 20% dos eleitores. Chegou ao final do pleito com mais que o dobro.
Agora, aceita tola e vaidosamente o papel de “general da banda” histérica que a mídia, espertíssima, lhe atribui.
Vai ser gasto até ficar poído e restrito à histeria.
Talvez, se olhasse a seu lado e visse o que aconteceu com Marina Silva depois que entregou-se a este papel, não o fizesse.
É estúpido acreditar no próprio discurso de que Dilma ganhou pela máquina do governo, pelo Bolsa-Família, pelo “bovinismo” que, pejorativamente, atribuem aos pobres em geral e aos nordestinos em particular.
Mesmo que se acredite nisso, como supor que ela ganhou metade dos votos que não foram seus ou dele no primeiro turno?
É simples e evidente: Aécio, do político simpático e agregador que recebeu até mesmo os elogios e alianças de petistas, travestiu-se de lobo feroz.
Nos 20 dias de segundo turno, perdeu o favoritismo com que emergiu do primeiro e só não sofreu derrota maior por artes da Veja e seu golpe publicitário criminoso às vésperas das eleições.
Agora, no pós-eleição, com uma disposição poucas vezes vista em sua carreira política, está se esforçando para ser o primeiro dos radicais e, portanto, o último dos agregadores.
O que faz um tolo não é apenas a mediocridade. É a mediocridade dominada pela vaidade primária de quem acredita que passou a ser o que nunca foi.
Aécio Neves está se lambuzando neste erro, ao proclamar-se o feroz “general da oposição”.
Não foi como homem feroz, mas jeitoso, que se fez presidente da Câmara, nem governador de Minas e muito menos que se habilitou ao posto de candidato a Presidente, lugar que Serra acabou tendo de deixar pela rejeição estigmatizante que reuniu em 2010.
Aécio, confiante nos seus tempos de praia, espera surfar na “onda” de oposicionismo histérico construída pela mídia a partir de uma guera econômica prolongada e de um caso de polícia e bandido, cuja alimentação seletiva feita por um grupo de policiais e promotores, com o beneplácito de um juiz de primeira instância que se candidata a Joaquim Barbosa II.
Se fosse mesmo observador, ainda que de praia, Aécio saberia que ondas não apenas passam como, muitas vezes, “enchem”: perdem a força e não levam o surfista a lugar nenhum.
O tucano está cometendo um erro crasso em política e em marketing: o da superexposição.
E o da superexposição pelo radicalismo, o que é ainda pior, porque lhe transmite um ar de inconformismo pós-eleitoral.
De pouco ou nada adianta que formalmente diga que não se vincula aos que pregam golpe militar e impeachment se, nas reuniões e manifestações da intolerância é o “rei dos coxinhas”.
Convenhamos: Aécio não tem densidade política para ver-se como um Napoleão no exílio, cuja volta as massas exigirão.
Ninguém sem o porte de um estadista – o que absolutamente lhe falta – consegue se manter candidato por quatro anos.
O que consegue é tornar-se tão ou mais estigmatizado que Serra, que se inviabiliza nas eleições nacionais por partir, exceto em São Paulo, de uma repulsa eleitoral generalizada.
Aécio começou o processo eleitoral com uma rejeição de 20% dos eleitores. Chegou ao final do pleito com mais que o dobro.
Agora, aceita tola e vaidosamente o papel de “general da banda” histérica que a mídia, espertíssima, lhe atribui.
Vai ser gasto até ficar poído e restrito à histeria.
Talvez, se olhasse a seu lado e visse o que aconteceu com Marina Silva depois que entregou-se a este papel, não o fizesse.
É estúpido acreditar no próprio discurso de que Dilma ganhou pela máquina do governo, pelo Bolsa-Família, pelo “bovinismo” que, pejorativamente, atribuem aos pobres em geral e aos nordestinos em particular.
Mesmo que se acredite nisso, como supor que ela ganhou metade dos votos que não foram seus ou dele no primeiro turno?
É simples e evidente: Aécio, do político simpático e agregador que recebeu até mesmo os elogios e alianças de petistas, travestiu-se de lobo feroz.
Nos 20 dias de segundo turno, perdeu o favoritismo com que emergiu do primeiro e só não sofreu derrota maior por artes da Veja e seu golpe publicitário criminoso às vésperas das eleições.
Agora, no pós-eleição, com uma disposição poucas vezes vista em sua carreira política, está se esforçando para ser o primeiro dos radicais e, portanto, o último dos agregadores.
O que faz um tolo não é apenas a mediocridade. É a mediocridade dominada pela vaidade primária de quem acredita que passou a ser o que nunca foi.
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