JANIO de freitas E A MORTE DE
JANGO, Juscelino E LACERDA
O regime militar teve o apoio da maior parte da camada economicamente privilegiada.
CONVERSA AFIADA
Saiu na FolhaSP(*) artigo de Janio de Freitas:
JANGO EM BRASÍLIA
(…)
Jango Goulart não volta a Brasília por nenhum desses componentes institucionais, políticos e pessoais do seu percurso na vida nacional. Na melhor hipótese, o que o traz obterá resposta apenas parcial a uma incógnita maior. Se provocada, sua morte não seria desvinculada de objetivos criminosos e políticos que não se limitavam à eliminação de uma só pessoa.
Por isso, tão ou mais importante do modo como se deu a morte de João Goulart, por enfarte natural ou provocado, ou nem exatamente por enfarte, é o fato de ser parte de uma sucessão coerente, lógica e quase simultânea de ocorrências sem explicação satisfatória: as mortes, e suas circunstâncias, também de Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda. As três em apenas nove meses. As três dos políticos capazes de maior mobilização em todo o país. Os três entendidos entre si desde formada a Frente Ampla que abalou a ditadura e por ela foi silenciada. Os três capazes de levantar apoios externos quando a ditadura se tornava incômoda aos Estados Unidos e sob pressão atritosa do governo americano.
A ditadura foi um regime assassino e torturador montado por militares com o apoio da maior parte da camada economicamente privilegiada do país. Não há motivo algum para dúvida.
Clique aqui para ler “Motorista de JK levou tiros na cabeça”.
E aqui para ler “Jango na Central do Brasil: a agenda interrompida”.
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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