quarta-feira, 8 de maio de 2013

Sutil 'secada' verborrágica do PiG não impede vitória brasileira na OMC

Antônio Manoel Góes

De nada adiantou a torcida 'contra' do Partido da Imprensa Golpista,  através dos empedernidos  'especialistas' em economia dos jornalões, reverberados nas redes de rádio e TV.

Na eleição da OMC-Organização Mundial do Comércio deu Roberto Azevêdo na cabeça. O diplomata  de 55 anos, nascido na Bahia, foi candidato do  governo brasileiro, com empenho da presidenta Dilma Roussseff na condição de exitosa 'cabo eleitoral', garantindo  adesão de expressivos dois terços dos 159 países votantes.

Embora sem contar com Estados Unidos, Canadá, Japão, Coreia do Sul e União Europeia(que votou em bloco), fechados com o mexicano Herminio Blanco,  Azevêdo  teve emergentes incondicionalmente a seu lado, à frente  os parceiros de BRICS (China, Rússia, Índia e África do Sul), demais  africanos, maioria dos asiáticos,  América Latina(afora México e, surpreendentemente,  Nicarágua), além de 13 europeus não alinhados com sua polêmica e claudicante corporação continental.

Na linguagem popular, uma 'lavada' que explicita com clareza, para desencanto de nossos(ainda empolados) recalcitrantes tupiniquins,  o primado de nova ordem econômica internacional, embora previsíveis e sub-reptícias articulações  dos líderes derrotados para desqualificar a OMC, aliás, como já o fazem desde o incômodo surgimento do G-20.

Acusando-nos de protecionistas, os chamados desenvolvidos, que escancaram oficialmente  essa prática excludente, desde que o mundo é mundo,  insistem em se dissociar do epicentro da crise que eles mesmos patrocinaram, através da política de leniência  em relação aos desmandos do setor bancário(que livraram do buraco), impondo políticas suicidas de falaciosa 'austeridade', em detrimento de elementares prerrogativas de seus cidadãos.

A  tarefa com que o novo presidente da OMC se verá a braços colocará à prova sua notória sensibilidade de mediador entre 'liberais' e 'desenvolvimentistas', pano de fundo da campanha recém-vitoriosa, na consolidação do novo quadro econômico do planeta.

A eleição de Raimundo Azevêdo para a Organização Mundial do Comércio caracteriza, em nosso panorama doméstico,  mais um trunfo inquestionável da presidenta Dilma no projeto de reeleição, contrapondo-se a seus declarados pré-concorrentes em  2014, a cada dia sem lenço nem argumento.

Se Lula foi chamado de  'o cara', sua sucessora já é festejada lá fora como ''a poderosa'.



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