domingo, 12 de abril de 2015

Enquanto Brasil fica

estagnado, Nordeste

cresce 3,7%

A prévia do PIB do Nordeste apontou crescimento econômico de 3,7% em 2014. Enquanto o PIB brasileiro ficou praticamente estagnado, com variação de 0,1% no ano passado
Beatriz Cavalcante        Resultado de imagem para Logomarca do jornal O Povo - fortaleza
EVILÁZIO BEZERRA
O setor de serviços foi o que puxou o resultado positivo no Nordeste, enquanto a indústria teve retração0)
Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do   Brasil     cresceu 0,1% em     2014,   o Nordeste destoa com elevação da economia   de    3,7% segundo   prévia   do PIB.    O   resultado, calculado pelo Índice de           Atividade Econômica   Regional do   Banco     Central (IBCR),  foi influenciado principalmente pelos setor de serviços e pelo varejo.
Apesar do crescimento, a indústria da região sofreu recuo de 0,3% no ano passado. Porém, o índice está longe da queda de 4,6% no Sudeste, que ainda teve recuo de 0,8% em seu IBCR.




  





“A indústria de transformação do Nordeste foi uma das que mais teve impacto e apesar da região ter crescido, a indústria acompanha mais o comportamento do País. Mas como o setor de serviços, por exemplo, aqui é mais forte, representa mais de 70% do PIB do Nordeste, há crescimento”, avalia Adriano Sarquis, economista e diretor do Instituto de pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
Para este ano, a expectativa dos especialistas é de manutenção da economia do Nordeste em patamar positivo, mas com recuo, ficando próximo de 1%. Isso porque 2015 está marcado por aumento nos impostos, corte de gastos governamentais e retração do nível de emprego.
Sarquis avalia que o Sudeste arrefeceu no ano passado porque a economia da região é baseada no mercado privado. “A do Nordeste depende mais do setor público, os trabalhadores dependem de transferências governamentais e esse povo está consumindo e movimentando o mercado. Por isso, o impacto na economia brasileira é menos traumático aqui”.
Ele acrescenta que o resultado do Ipece do primeiro trimestre do PIB do Ceará, com crescimento econômico em 2014, segundo o IBCR, de 1,4%, deve sair na próxima semana. “A previsão, o sentimento da gente, é que o comportamento do Estado é melhor do que o do Brasil, assim como o Nordeste também”, analisa.
Previsão
O presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Alisson Martins, também acredita que as economias do Estado e da região se manterão em patamar positivo. “Muito embora as regiões acompanhem a economia nacional, elas ficaram com PIB no campo positivo, mas com índices não tão consideráveis comparados ao ano passado. Afinal, infelizmente há retração da economia no nível nacional”. 

Para Martins, mesmo que o Nordeste mantenha resultado superior, a região não tem porte para impactar tanto na economia do País para evitar uma retração. “A região representa cerca de 13% do PIB nacional, deveria ser mais pelo nosso porte, mas o Nordeste não tem esse poder todo. Já São Paulo concentra 2/3 da economia do País”.(colaborou Átila Varela) 
Índice de Atividade Econômica Regional
Onde: http://bit.ly/19N3jDc 

As vendas do varejo ampliado no Nordeste elevaram 2,1%, enquanto caíram 3,5% no Sudeste, no ano passado ante 2013.
A queda do varejo no Sudeste influenciou na retração da média nacional de 1,7%
Já a produção industrial do Nordeste caiu 0,3%, enquanto a do Sudeste chegou a 4,6% e a do Brasil e 3,2%
Ano passado, a indústria de alimentos cresceu 6% no Nordeste, enquanto o refino de petróleo e derivados subiu 8% e o setor de vestuário 1,1%
Porém, na média nacional, a produção de alimentos recuou 1,4%, a de combustíveis aumentou 2,4% e de vestuário recuou 3,2%
Segundo dados do Banco Central, o ritmo de atividade parou no Nordeste, no quarto trimestre do ano passado,ante período anterior, na série com ajuste sazonal

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