Sindicalistas e MST sobem o tom, ameaçando denunciar quem aprovou terceirização nos postes de todo o Brasil
Luiz Carlos Azenha
Representantes dos movimentos sociais subiram o tom nos últimos dias em relação à ameaça de que a conta do ajuste fiscal realizado pelo governo Dilma fique nas costas dos trabalhadores.
Em vídeo gravado nesta quarta-feira 15, durante as ações de repúdio ao projeto de terceirização aprovado na Câmara Federal, um dos dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Gilmar Mauro, disse que a luta contra o PL 4330 está apenas começando.
No campo, segundo ele, a terceirização cria jornadas de trabalho que, no corte da cana, levam os trabalhadores à exaustão, além de dificultar as greves. “O Congresso Nacional vai ser derrotado nas ruas. Pode aprovar lá, mas nós vamos derrotar nas ruas”, afirmou. “O Cunha está se achando o gás da Coca-Cola. É preciso saber que o povo vai à rua e não quer retrocesso”, continuou, em referência ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Gilmar Mauro também cobrou Gilmar Mendes, que há mais de um ano está sentado sobre a votação do STF que impediria o financiamento privado de campanhas.
Sobre a presidenta Dilma, o dirigente do MST disse que ela parece sofrer de torcicolo, pois “só olha para a direita”.
Na segunda-feira 13, em evento no Congresso Nacional, a sindicalista Maria das Graças Costa, da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal, já havia feito um alerta aos deputados.
“O teu nome, a tua foto vai pro poste em todas as cidades onde você foi votado”, afirmou em relação aos deputados que aprovaram o projeto da terceirização.
Segundo ela, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) dispõe dos mapas eleitorais para denunciar os que aprovaram o PL 4330 em suas cidades de origem e de votação.
Graça Costa mandou um recado ao presidente da Câmara, dizendo que ele se comporta como um ditador. E enfatizou a necessidade de continuar o trabalho de denúncia que vem sendo feito nas redes sociais
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