sábado, 11 de abril de 2015

"Devemos   ir  além  das   commodities e apostar na educação e infraestrutura" (Dilma, na Cúpula das Américas)             
                        

No início da noite dessa sexta-feira (10), ocorreu o Foro Empresarial das Américas, realizado na cidade do Panamá. Na oportunidade a presidenta Dilma Rousseff afirmou que os países da América Latina, não podem se contentar em ser apenas fornecedores de matérias-primas (commodities), deve ir além, investir pesado em infraestrutura e educação.   

  No Panamá, Dilma devemos ir além das commodities e apostar na educação. Dilma, no Panamá: " Devemos ir além das commodities e apostar na educação.."


Dilma discursou ao lado dos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama; do México, Enrique Peña Nieto, e do Panamá, Juan Carlos Varela. Eles participaram, na Cidade do Panamá, de um debate do Foro Empresarial das Américas, cujo tema desta edição é Integração Produtiva para o Desenvolvimento Inclusivo. 



Dilma ressaltou que não haverá avanço enquanto esses passos não forem dados. "Os investimentos em infraestrutura e em educação para que o Brasil continuarão crescendo “de forma sustentável”. E completou que a integração regional como um dos compromissos a ser priorizado por ela nos próximos anos. Ela também fez uma defesa do que chamou de “grande esforço de ajuste fiscal”.

As commodities, disse Dilma, “são uma riqueza fundamental, que nós queremos preservar, [mas] não podemos nos contentar só com isso. Precisamos dar um passo além. E esse passo além só se dá se apostarmos na educação, na formação científica e tecnológica e buscarmos, inclusive, acompanhar o que há de melhor no mundo, como é caso da educação terciária nos Estados Unidos”.

Após defender, no discurso, a importância da inovação para a melhoria de renda dos brasileiros e para o desenvolvimento de setores-chave do país como agricultura e indústria, Dilma voltou ao tema quando respondia aos empresários. Segundo ela, a ciência e tecnologia podem fomentar um aprimoramento na quantidade mas também na qualidade do ensino dos países.

Educação punjante e inclusiva

Ao falar sobre a centralidade da Educação, Dilma reafirmou que, para o Brasil, ela é o único jeito de assegurar que as recentes conquistas de inclusão social, obtidas pelo país sejam permanentes. “E um país como o Brasil sempre tem desafios que combinam o que é sair do atraso com a necessidade de avançar para o futuro. A educação combina essas duas coisas”.

O primeiro desafio nessa área, a mandatária, é incluir “os milhões de brasileiros que não tiveram acesso da creche à pós-graduação, passando pelo ensino técnico e universitário”. Para ela, a educação une a inclusão social “e a necessidade de garantir que essas pessoas que melhoraram de renda não voltem atrás, não percam o que conquistaram”.

Ela lembrou que um país com 200 milhões de habitantes, como o Brasil, “só terá sustentabilidade se tiver uma agricultura, uma indústria e todo um setor serviços baseado em inovação, tecnologia. Inovação e inovação. E isso é dado pela educação”.

Infraestrutura

Outro ponto central debatido pela presidenta são os investimentos em infraestrutura. A representante brasileira disse serem fundamentais os investimentos tanto logísticos quanto urbanos. “Mobilidade urbana e habitação como infraestruturas sociais são fundamentais. Junto com ferrovias, portos, aeroportos e toda expansão energética necessária para assegurar o crescimento”, declarou. 

Algumas obras que o Brasil desenvolve com outros países americanos nesse quesito foram citadas pela presidenta como exemplos de parcerias com diferentes governos e empresários, como o Porto de Mariel em Cuba, o Pólo Petroquímico da Cidade do México e a construção e o financiamento dos gasodutos sul e norte na Argentina.

“Acho que a integração regional das nossas economias funciona como um fator que expande as nossas fronteiras, oportunidades e economias. Daí porque o Brasil se dedicou nos últimos anos a investir fortemente na integração de infraestrutura”, disse.

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