sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O  jornalismo  futriqueiro
(e mentiroso) foi à posse
de Dilma                           
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Posse Dilma

ACABOU O JORNALISMO
1 e 2 de janeiro ficarão marcados em nosso calendário como os Dias Nacionais de Velório e Enterro do Jornalismo Político na TV e no Papel.
A cobertura da posse de Dilma na Globo News, em tese a CNN brasileira (sorry, mas deveria ser, né), chegou a me provocar náuseas literais.
As palavras “levy”, “ajuste”, “petrobras” e “lavajato”, como bem observou a Mariana Amaral Queiroz, devem ter rendido algum bônus por citação aos jornalistas da emissora.
Durante os cumprimentos das autoridades internacionais, o quarteto de ineptos que participava da cobertura preferiu ficar rosnando imbecilidades sobre a “robustez da oposição”.
Eu só soube que o tiozinho grisalho que ficou 10 minutos falando com a Dilma era da Rússia porque mudei pra NBR.
A ganhadora do prêmio do posto de gasolina (pela atuação como taquígrafa no depoimento de um certo alcaguete), o panaca com voz de choro e nome de área VIP, a gordinha simpática e um ser oposicionista não-identificado — todos deram um show de má vontade, ausência de fontes (Álvaro Dias não vale, hein) e preguiça mental.
Na Folha desta sexta(2), aquele jornal que deveria ser o nosso The New York Times (oh gaaaawd, mas é isso, né?), não se fala em reforma política (de longe o tema mais forte do dia, com o sintomático apoio de Renan Calheiros em discurso logo após o de Dilma), não se tenta entender o que é o “Brasil, pátria educadora” (“ah, ela não explicou” — mas porra, a obrigação do jornal é apurar, neh) e não se nota que a presidente politizou o caso Petrobrás à esquerda.
Nem mesmo a inflexão guerrilheira-trabalhista da retórica, com um “nenhum direito a menos, nenhum passo atrás, só mais direitos etc.” foi notada pelos gênios da raça folhentos.
Artigos de opinião não passam do senso comum antiestatista, antidilmista, antitrabalhista. Bate-paus que escrevem o que o patrão quer ler publicaram seus tradicionais mimimis — que, a rigor, poderiam ter sido escritos um mês atrás. É sempre a mesma coisa que eles dizem, chega a beirar o autoplágio.
Enquanto isso, vários dos chamados “blogueiros sujos” foram convidados pra recepção no Itamaraty, na noite de ontem, e devem publicar coisas muito mais interessantes — porque próximas do poder — de hoje em diante.
“Ah, mas eles são militantes pró-governo”.
Claro que são — e por isso mesmo têm acesso às fontes que interessam hoje em dia!
Já a turma da GN e da Folha, para ficar nos exemplos citados aqui, por fazer o jogo da “oposição robusta” (moralmente cada vez mais truculento), certamente não tem a confiança de ninguém do lado de cá.
Chafurdam exclusivamente nos interesses antigoverno, e por isso só têm fontes do lado de lá.
E isso não basta para entender o que realmente está acontecendo. Nem pra fazer JORNALISMO.

PS do Viomundo: Agradecemos ao Palácio do Planalto pelo convite mas compromissos assumidos anteriormente nos impediram de comparecer à posse de Dilma. No entanto, acompanhando à distância o noticiário, estranhamos o viés negativo de certos comentaristas, acompanhado da obsessão pelo vestido de Dilma. É o jornalismo da futrica, que veio acompanhado de mentiras como a da Folha de S. Paulo. Segundo o diário conservador, tentou-se regulação de conteúdo da mídia no governo Lula. Mentira deslavada, na maior cara de pau. Em nome da militância, a turma da Barão de Limeira já nem se preocupa mais com a verdade factual. O jornalismo vagabundo omite, obviamente, que há regulação de conteúdo em concessões públicas de rádio e TV em várias democracias do mundo. No Reino Unido, por exemplo. Nunca como censura prévia, mas com exigências como conteúdo local, punição para transgressões, etc. A ênfase de Franklin Martins sempre foi: cumprir a Constituição de 1988. Mas a Folha, que em tese deveria informar, confunde “controle de conteúdo” com “censura prévia”. Tudo em nome de defender que apenas uma dúzia de famílias controlem o setor no Brasil (trecho de texto da Folha.com, abaixo).       
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