Por indicação do boletim da Federação dos Petroleiros, fui atrás do relatório do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) dos parlamentares da legislatura 1999-2003, a última da qual Aécio Neves participou como deputado, no Governo Fernando Henrique.
Em 10 matérias de interesse dos trabalhadores o senhor votou contra eles em seis, viajou duas em missão oficial, fugiu de votar em uma e apenas em uma deu um voto favorável, assim mesmo hipócrita, porque foi a que proibia o nepotismo que, em Minas, praticaria a rodo.
Alguns dos seus votos, senador:
1 – Absteve-se na votação sobre flexibilização da CLT – uma lei altera o artigo 618 da CLT, estabelecendo a prevalência de convenção ou acordo coletivo de trabalho sobre a legislação infraconstitucional. Isto é, autorizando um sindicato “camarada” do patronato a abrir mão de direitos já conquistados em lei;
2- Votou a favor da criação do Fator Previdenciário, este mesmo que o senhor diz agora que vai “discutir” com os trabalhadores para ver abolido. Conversa mole, não é?
3- Votou pelo fim do Regime Jurídico Único no serviço público, para reabrir a possibilidade de regime de contratação pela CLT no serviço público, sem direito à negociação, estabilidade ou aposentadoria integral.
4 – Votou pela redução do prazo para trabalhadores rurais reclamarem seus direitos trabalhistas;
5- Votou a favor de projeto que privilegia pagamento de juros em detrimento das despesas com pessoal, custeio, investimento em infraestrutura e principalmente nas áreas sociais.
6 – Votou contra projeto que garantia critérios objetivos de avaliação para fins de dispensa de servidor estável por insuficiência de desempenho e contra a garantia a ele de ampla defesa.
Foi feito dez anos antes de Aécio ser candidato à Presidência e é até generoso com suas qualidades de articulador. Não é campanha eleitoral, portanto.
São fatos. É história, não historinha.
Este é o Aécio de verdade, não o de mentirinha que os marqueteiros botam prometendo na televisão.
Ah, e vem mais aí, sempre com documentos, senador, porque este “blog sujo” é limpíssimo.
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