POR QUE A VITÓRIA DE DILMA FOI ÉPICA
Walter Faceta, no AVANÇA TIBAU DO SUL
(Sugestão do Paulo Jarbas Lima)
Não, não se engane. Esta não foi uma vitória qualquer. Foi grandiosa, majestosa, heroica e, um dia, ganhará destaque nos livros sobre a história latinoamericana. Dilma, os progressistas, você e eu vencemos um exército imenso, bem armado, cruel, desonesto e traiçoeiro,liderado por sicofantas de alta patente. O golpe conservador foi tramado no além-fronteira, nos círculos do National Endowment For Democracy e do International Republican Institute, dos Estados Unidos, e teve início com o locaute empresarial que marcou os dois anos finais do primeiro mandato de Dilma.Significa que expressiva parcela dos empresários abriu mão da produção e também do lucro para derrear a economia brasileira e constituir o cenário do caos.De forma organizada, no contador de gotas, emularam a estratégia que enfraqueceu e derrubou Salvador Allende, no Chile, em 1973. O projeto prosseguiu com a apropriação das manifestações de junho de 2013, turbinadas pela chamada direita "coxinha",que converteu a luta pelos R$ 0,20 em "Fora Dilma".
Intensificou-se, ao mesmo tempo, a ação criminosa da mídia hegemônica, empenhada em explorar seletivamente o tema da corrupção, argumento farisaico sempre presente nas insurgências fascistas. Sob o comando do Instituto Millenium, o consórcio GAFE, composto por Globo,Editora Abril (Veja), Folha de S. Paulo e Estadão, procurou agredir, desmoralizar e criminalizar o governo Dilma. Desta vez, a coalizão de imprensa abandonou qualquer pudor e aderiu à prática do crime para caluniar, difamar e injuriar qualquer figura pública comprometida com as propostas da esquerda.
O terrorismo informativo culminou com as vergonhosas edições de Veja e Istoé às vésperas do segundo turno da eleição. No caso do abuso abriliano, some-se como grave delito a edição malandra do Jornal Nacional de 25 de Outubro.
Ao conquistar a reeleição de Dilma, você derrotou também a propaganda diuturna de ódio movida pelo PSDB e sua poderosa máquina virtual de moagem de reputações. Nas redes sociais, os soldados do atraso ressuscitaram a paranoia dos anticomunistas, a cubafobia e outras sandices infectantes da lavra de Olavo de Carvalho e outros sacripantas da subfilosofia política. Se nos faltavam adversários, abraçaram a candidatura do playboy sem habilitação todos os expoentes do reacionarismo nacional, de Bolsonaro a Telhada, de Constantino a Azevedo, de Roger a Lobão. Assim, vivemos um tempo de agressões e sabotagens, de oportunismo e perfídia.
Sobre nossas cabeças, sucedeu chuva interminável de flechas. Ainda assim, resistimos, sem igualdade nas armas e recursos. Anônimos, organizados na improvisação, copiamos os 300 de Esparta, liderados por Leônidas no desfiladeiro das Termópilas, na antiga Grécia.
Resistimos e vencemos, porque cerramos fileiras, enfileiramos escudos, empunhamos firmes lanças, multiplicamos a fé e a coragem.
Este triunfo é glorioso, raro. Portanto, orgulhe-se. Cuide bem dele. Faça valer a
pena.
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