quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Aécio é Cláudio. Dilma é o KC-390, pronto para voar



Fernando Brito                         
kc390
Foi apresentado, nessa terça(21), o resultado do mais ambicioso programa de construção aeronáutica brasileiro, desenvolvido pela Embraer em conjunto com a Força Aérea Brasileira, com participação, também, dos governos  da Argentina, de Portugal e da República Checa.
O KC-390 é o mais moderno avião(AQUI) de transporte misto – militar e multipropósito – desenvolvido hoje no mundo.
Na ilustração acima, você vê do que ele é capaz.
Vai substituir, aqui e em muitos países, o velho Hércules C-130, avião americano concebido no início dos anos 50 que, com novas e novas versões, todas a hélice, ainda são as aeronaves de transporte da maioria das forças armadas pelo mundo.
O projeto quase foi pro brejo com a crise de 2008/2009, se o Governo brasileiro não o tivesse segurado com firmeza.
Dá para se ter ideia do que isso representa em termos de afirmação tecnológica para o Brasil?
Os coxinhas vão dizer que no dinheiro investido  houve 'apenas' participação do Estado brasileiro.
Os americanos, que não são otários, subsidiam um milhão de vezes mais sua indústria aeronáutica, porque sabem que ela vai lhes dar lucro e afirmação geopolítica.
A direita, aqui, em matéria de avião, gosta mesmo é de jatinho e aeroporto perto da fazenda.
E é pena ver que uma parcela inexpressiva de ex-militares, que ainda estão no tempo do ronca, como dizia a minha avó, esteja mais preocupada em quem dá o que para quem, feito o Jair Bolsonaro.
Parabéns aos engenheiros, técnicos e militares envolvidos neste projeto, que não é de paisinho, mas de um país do tamanho do Brasil, continental e cheio de desafios.
Assista abaixo a apresentação do KC-390, que vai voar ainda este ano.
E um palpite, humilde, nestes tempos de seca: será que vamos ter uma versão para combate a incêndios florestais, com o compartimento de carga segmentado para operar com carga líquida? Com esta velocidade, alcance e capacidade de operar em pistas rudimentares, um só esquadrão poderia cobrir todo o Brasil, com imensas vantagens operacionais.


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