A presidenta Dilma Rousseff está no litoral da Bahia, descansando ao lado de familiares – mas deixou atrás dela uma economia que começa a rodar melhor do que muitos imaginavam. Os primeiros recados do governo ao mercado, após a reeleição da presidente, chegaram aos destinatários desejados – e agradaram em cheio.
Na quarta-feira 29, o Copom do Banco Central subiu a taxa básica de juros para 11,25%. Hoje, a Bolsa de Valores de São Paulo abriu em alta, com liderança do Bradesco, que reportou um balanço considerado bastante positivo pelos investidores. O movimento puxou para cima as ações do setor financeiro como um todo.
O Ibovespa fechou o pregão desta quinta-feira 30 com ganhos de 2,52%, com os papéis da Petrobras tendo registrado alta de cerca de 2%, do Bradesco 7% e do Itaú Unibanco 8%. O dólar, por sua vez, despencou 2,45%, a R$ 2,408, maior queda em mais de um ano.
A expectativa para as ações da Petrobras também era de forte alta, uma vez que fontes da área econômica do governo igualmente transmitiram mensagens de que os combustíveis deverão ser reajustados em cerca de 5% na reunião do Conselho de Administração da companhia, marcada pela esta quinta 30, no Rio de Janeiro.
Na economia de consumo, perspectivas positivas são emitidas pelo setor automobilístico. Depois de longa depressão, os executivos do setor foram tomados de otimismo à espera de incentivos do governo.
- Vamos investir 15 bilhões de reais até 2016, para fortalecermos as marcas Fiat e Jeep no Brasil, anunciou o presidente da Fiat, Clodorvino Beline.
- Este país já exportou um milhão de automóveis por ano e tem condições de retomar essas marcas, completou o executivo.
Ainda sobre o setor, dados do Banco Central divulgados hoje apontaram que a concessão de financiamento para aquisição de veículos por pessoas físicas cresceu 11% em setembro ante agosto. Foram liberados no mês passado R$ 8,5 bilhões no País em empréstimos nessa linha de crédito.
Nesse contexto, os nomes que estão sendo cogitados pelo governo para ocupar o Ministério da Fazenda igualmente estão sendo bem recebidos pelo mercado.
Nas bolsas de apostas sobre quem Dilma irá escolhar, o nome do ex-secretário-executivo Nelson Barbosa está em alta nesta quinta. Fonte próxima da presidente transmitiu que a relação de confiança existente entre a presidente e o economista deve ser o maior diferencial para a escolha:
- Ele sabe os pontos em que a presidente é turrona, mas ela também sabe os pontos em que ele é turrão. A relação de ambos tem grande base de confiança, disse a fonte à jornalista Claudia Safatle, do jornal Valor.
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