sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Sensus e Veritá falam sobre pesquisas (mentirosas) de   intenção de voto               

                     Luis Nassif Online  imagem de Rui Daher

Jornal GGN – Terminadas as eleições, responsáveis pelos institutos Sensus e Veritá – cujas pesquisas apontavam liderança de Aécio Neves – dizem que já havia uma tendência de queda do candidato. Além disso, o sócio do Veritá, Leonard de Assis, disse que o instituto chegou a fazer uma pesquisa que mostrava a liderança de Dilma, mas que ela não foi divulgada por pressão externa.
do Veritá confirma 'pressão'
Ambos dizem que tendência já mostrava queda de Aécio
Principais derrotados pelo resultado que deu a Dilma Rousseff (PT) a reeleição contra o tucano Aécio Neves (PSDB), os responsáveis pelos institutos Sensus e Veritá justificam as diferenças apontando que seus estudos já mostravam uma tendência de queda do candidato do PSDB. Além disso, o sócio do Veritá, Leonard de Assis, ainda confirmou que o instituto fez uma pesquisa que apontava Dilma à frente, mas que ela não foi divulgada.
Leonard de Assis confirmou que houve pressão externa sobre a empresa para não revelar vantagem da presidente. Na véspera da eleição, ele revelou no Twitter que Dilma estaria à frente, ao contrário dos levantamentos anteriores. Ele ainda afirmava que seu sócio estaria "recebendo pressão" para divulgar resultado diferente.
"Não sei se ele resistiria", disse no Twitter.
Procurado pelo Olho Neles após o resultado, Leonard de Assis, em conversa gravada, confirmou o que disse no Twitter.
"Eu afirmo isso. Eu divulguei os 53 a 47 por causa disso. Estava começando a arranhar o nome da empresa. Eu pensei: vou divulgar isso aqui de antemão pra mostrar que os métodos que nós estamos usando estão corretos. Isso aqui é o que tem pra acontecer", afirmou, reforçando que foram feitas três pesquisas, mas a última, justo a que dava vantagem a Dilma, não foi divulgada no sábado, como previsto. A que foi divulgada no dia 21/10 mostrava Aécio com 53,2% e Dilma com 46,8%.
Questionado se o método utilizado nas três pesquisas foi o mesmo, ele afirmou que foi 'aprimorado'.
"Fomos ajustando os métodos, até chegar a um valor correto, a quantidade certa de entrevistas para cada método". Leonard afirmou que nem sempre os erros são por culpa dos institutos. "Se eu fizer uma coleta só por telefone, dependendo da lista de telefones que chegar em minhas mãos eu vou ter um resultado ou outro", explicou.
Sensus
O proprietário do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, destacou que a empresa teve bom desempenho no primeiro turno.
"Fomos o instituto que mais se aproximou dos resultados", avaliou. Ele discorda que houve erro no segundo turno.
"Nossos resultados indicaram empate técnico, Aécio 52,1%, Dilma 47,9, para margem de erro de 2,2%, com possibilidade tanto para Aécio Neves como para Dilma", contou.
Ainda assim, os resultados oficiais do TSE ficaram fora da margem de erro. Dilma registrou 51,64% e Aécio, 48,36%. Guedes justifica:
"Logo após o início do 2º turno, houve forte transferência dos votos de Marina Silva para Aécio Neves, que foram se diluindo ao longo do 2º turno, indicando queda das intenções de voto de Aécio", afirmou.
O diretor do Sensus nega que tenha recebido qualquer reclamação sobre o resultado.

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