Nossas questões prioritárias e a Copa

A verdade sobre a falácia das elites que contagiam a opinião pública alheia aos 

números do Orçamento da União, jamais divulgados pelos poderosos veículos 

midiáticos do PiG-Partido da Imprensa Golpista

Nice Rossin, em sua página do FACEBOOK, com edição e subsídios do AMgóes

Tem dinheiro pra Copa, mas não tem  para a Saúde e a Educação?  Vamos à realidade dos números: 

Orçamento da União

-R$ 79.331 bilhões para a Saúde, só em 2013
-R$ 38.093 bilhões para a Educação, só em 2013
-R$ 26.621 bilhões para a Copa, desde a escolha do Brasil até a realização do evento, em 2014. 

 Média, portanto, de R$ 4 bilhões por ano.

Desses R$ 26 bi da Copa, a maior rubrica, R$ 8,6 bilhões,  é destinada a projetos de mobilidade urbana. A razão dos atuais protestos em São Paulo(e no país) não é exatamente a necessidade de investimentos em  nova política de mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras?

Outros R$ 6,8 bi são para melhorar os aeroportos das cidades-sedes e há ainda investimentos em segurança, portos, telecomunicações e turismo. Investimentos de que o Brasil precisa e que ficarão como legado para a população, depois da Copa(e das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro). 

Há, contudo, R$ 7 bilhões destinados à construção e reformas de estádios (menos de 10%(dez por cento) do orçamento da Saúde em um único ano). Vale a pena gastar esse recurso para sediar um evento como a Copa do Mundo? Por acaso não haverá retornos econômicos, fiscais, geração de emprego e aumento do turismo internacional? Esse é o verdadeiro debate.

Posso discordar da opinião dos que se manifestam contra a realização da Copa no Brasil, mas eles saem do 'autismo' a que foram confinados anos a fio na internet e passaram a se mexer por uma causa nobre, exercendo um direito inalienável no sistema democrático, malgrado as exacerbações de grupos minoritários passíveis dos rigores da lei por atentarem contra o interesse social(depredação de patrimônio público, entre outros delitos).

Os que incitaram a vaia a Dilma dentro do estádio, no sábado, 25, têm, na realidade,  horror às manifestações das ruas. Ali, no 'Mané Garrincha',  estava a fina flor da elite burocrática brasiliense (beneficiária, em sua maioria, de ingressos-convite da FIFA distribuídos, por cortesia, aos órgãos governamentais), que chama manifestante de vândalo, gente cuja revolta é contra vinte centavos a mais no preço do combustível para colocar no seu carrão importado. Gente que odeia ter de pagar imposto para "dar bolsa-esmola para vagabundo". 

A maior contradição, na visão dos que têm protestado fora dos estádios, foi o governo ter avalizado a candidatura brasileira a sede da Copa do Mundo de futebol, evento a que só têm condição de comparecer os segmentos da elite endinheirada(e os beneficiários da 'boca livre' oficial), tanto no Brasil como em qualquer outro lugar do mundo, com preços estratosféricos de ingressos, um negócio bilionário de grupos transnacionais e periféricos instalados na Federação Internacional de Futebol 'Association'.

Dizer que a Copa(além das Olimpíadas) é a razão dos problemas do país, que não há dinheiro para investir em outras coisas mais importantes, que a vaia é resultado de Dilma ter fechado os olhos para nossas questões estruturais, é  repercutir o discurso de gente mal intencionada, oportunista e aproveitadora dos movimentos populares, justos e pertinentes no estado democrático de Direito(por isso mesmo passíveis de discussão), na tentativa de abrir espaços, às vésperas da eleição presidencial, aos grupos conservadores e excludentes que sempre trataram os cidadãos comuns com a mesma truculência da PM paulista  de Alckmin, Serra 'et caterva'.

Obs. - A inépcia da comunicação oficial, ponto crítico do atual governo,  é corrresponsável pelo                          desconhecimento da população quanto aos detalhes sobre o orçamento da União. Trtata-se de questão didática  que, diligentemente executada, facilitaria a compreensão do senso comum.