terça-feira, 25 de junho de 2013

DEFICIT INFORMACIONAL ?  

CULPA DA SECOM !                   

A SECOM do Papa Bento XVI era melhor !
Paulo Henrique Amorim                                     Conversa Afiada            

Conversa Afiada localizou o excelente marqueteiro Duda Carville, em casa, em Nova Orleans.

- Duda Carville, caro amigo, como vai ?

- Sempre inquieto, sempre furioso com os Republicanos …

- Duda, que tal a política de Comunicação do Governo Dilma ?

- O que ? Não ouço bem … Estou com a tevê ligada pra ver quando o Snowden chega a Quito …

- A política de informação, comunicação do Governo Dilma …

– Ah, sei, informação, prestar um serviço público à sociedade, não é isso ? Coisa trivial numa Democracia …

- Sim, informar as pessoas, Duda, você me entende …

- A do pastor Marcos Feliciano é mais eficaz.

- Não exagera, Duda. Você está tomando muito chá gelado com folha de hortelã …

- Meu querido, dali não sai nada.

- Como assim ?

- Veja bem. Essas manifestações de rua, do pessoal que você chama de “doença infantil do transportismo”, demonstram a mais completa ignorância do que o Governo faz e fará.

- De fato …

- BRT, VLT, HD, DDD, DDT, trem bala, bala ao trem, navio, aeroporto, jangada – qualquer coisa … ninguém tem a menor ideia do que o Governo está fazendo.

- E qual é o efeito disso ?

- Com muita razão, as pessoas cobram o que pensam que não existe ou existirá …

- Dê um exemplo, Duda.

- Esse caso da importação de médicos. Isso parecia uma conspirata, na calada da noite, do Padilha com o Fidel, atrás do Muro de Berlim para inocular o chavizmo na veia do brasileiro do interior …

- E não é nada disso.

- Nada disso. Finalmente, ontem, se soube que o Brasil é um dos países ditos sérios do mundo que menos importa médicos … Que temos hospitais e não temos médicos …

- E todo mundo dizendo que a Saúde é uma m…

- Não, o Brasil é uma m… é uma especialidade do jornal nacional.

- É verdade. Agora, é a editoria do “quebra e arrebenta” que parece prevalecer… E a exploração da inflação ?

- É outro deficit informacional, como diz você. A inflação voltou a cair e está dentro da meta. Ponto. O resto é torcer contra. 

- Como o Aécio …

- Meu querido, é verdade que ninguém entende de transportes como aquela garota do MPL.

- Ela é a musa da Quatro Rodas …

- Não seja debochado, ansioso blogueiro.

- Não, é que a voz dela é tão agradável quanto a do William Traack.

- Vamos falar de transportes. Os tucanos de São Paulo estão no poder há 17 anos. E há 17 anos constroem pouco mais de um quilometro de metrô por ano. Por que ninguém diz isso ?

- Porque há um deficit informacional, Duda.

- Porque ninguém faz como o Ministro das Cidades, que diz com todas as letras que há 30 anos, 30 anos !!! não há investimento em transporte publico de massa no Brasil!

- O Governo acha que não precisa informar. Que é obrigação da sociedade entrar no site dos ministérios para saber o que está acontecendo.

- Outro exemplo: alguém aí sabe a quantas anda o PAC 2?

- Só a Miriam Belchior.

- O Brasil só se informa na Globo.

- Ou no horário eleitoral gratuito.

- Daqui a um ano.

- E até lá, pau no Governo.

- Mas, não é sempre fácil botar a culpa na … digamos … “comunicação” ?

- Meu querido, o Governo Dilma é um record multiplanetário, transiberiano ! A SECOM do Papa Bento XVI era melhor!

- Ainda mais num país dominado pela Globo…

- Pela Globo e seus “especialistas”…

- De quem é a culpa, Mr Carville ?

- Da SECOM !

- Tem certeza ?

- De quem mais seria ? Do Ali Kamel ?

- O Gilberto Freire com “i”(*) …

- Seja lá quem for.  O negócio da Globo é ver o pau comer, lá de cima, no helicóptero …

- A solução é a Dilma ir para a tevê ? Parece que o efeito da ida dela à tevê é positivo.

- Não basta. Tem que ser um trabalho de formiguinha, no dia a dia. Com uma política, um sistema, uma estratégia.

- E A SECOM tem ?

- Esta se vendo …

Pano rápido.


Paulo Henrique Amorim


(*) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.

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