quinta-feira, 12 de março de 2015

Rede Globo vai fazer cobertura desde cedo no domingo-15, a fim de  atrair mais gente para os atos neofascistas Brasil  afora      

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bonnerA direção de jornalismo da Globo já convocou jornalistas para fazer cobertura ao vivo dos atos desde o domingo cedo. E já teria informado  que vai usar o  Globo Notícia para criar um clima mais quente da cobertura.
O Globo Notícia, para quem não sabe exatamente do que se trata, é aquele expediente que a emissora que apoiou o golpe de 64 utiliza em momentos raros. No meio da programação surge aquela musiquinha em clima de emergência e algum âncora de plantão narra a notícia grave.
Foi assim, por exemplo, na morte de Tancredo, que aconteceu num domingo, em meio a um Fantástico.
Resultado de imagem para logomarca da chamada do plantão da TV GloboA Globo não faz isso em eventos.
Mas já fez algo bastante semelhante em 20 de junho de 2013, quando exibiu flashes dos protestos desde às 15h45.
Naquele dia, a Globo deixou de transmitir a Copa das Confederações, porque a a Fifa não permitia interrupções nas transmissões dos jogos.
Surpreendendo a muitas pessoas (não a este blogueiro), a Globo ainda decidiu priorizar a transmissão dos protestos e não transmitiu as novelas Flor do Caribe e Sangue Bom.
Os âncoras e repórteres ficavam defendendo os protestos e anunciando a chegada de milhares de pessoas à Avenida Paulista, em São Paulo. A Globo News chegou a colocar três protestos simultaneamente na tela.

Às 19h30, o Homer, digo, o Bonner, substituiu Patrícia Poeta na narração do ato e anunciou o início do Jornal Nacional uma hora mais tarde (no horário de costume) sem escalada de manchetes.
A Globo e seus repórteres focaram a cobertura do ato destacando a rejeição a PEC 37. Como se todos que estivessem na Paulista naquele dia tivessem ido com aquele objetivo.
Ao convocar seus repórteres para fazer essa cobertura no domingo a Globo vai buscar levar mais gente aos atos. É claramente essa a estratégia. E, claro, vai chamar o ato buscando destacar o movimento pró-impeachment de Dilma.
Se o governo não fizer nada contra isso, estará aceitando que a Globo lidere uma tentativa de golpe midiático.                    
Em abril de 2001, Gustavo Cisneros fez exatamente isso na Venezuela. E além da cobertura-convocatória ao vivo das manifestações, surgiram cadáveres atingidos por franco-atiradores.
Esse blogueiro tem ojeriza a alarmismo, mas os responsáveis pelo jornalismo da Globo sabem exatamente onde a entrada de uma concessão pública com a força de audiência da emissora pode fazer as coisas chegarem.
E se faltava algum ingrediente para as manifestações de domingo  levarem o governo a ligar o alerta máximo, essa provocação da Globo é a gota d´água.


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