quinta-feira, 19 de março de 2015

Doleiro   diz   que  Aécio  operava  diretoria  de Furnas 'em comum acordo' com o PP; ex-diretor da   Petrobras  confirma    que    foi   achacado   por Sérgio Guerra(finado presidente do PSDB)    

publicado em 19 de março de 2015 às 22:18         
18 de março de 2015 – 16h46
Vídeo: Em delação, Youssef detalha pagamento de propina          a Aécio
O doleiro Alberto Youssef revelou detalhes sobre suposto recebimento de propina pelo senador Aécio Neves (PSDB), em depoimento de delação premiada.
Em vídeo divulgado na terça-feira (17) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), publicado no site do jornal O Globo, o doleiro afirma ter ouvido do ex-deputado federal José Janene e do presidente da empresa Bauruense, Airton Daré, que o tucano dividiria uma diretoria de Furnas com o PP e que a irmã dele faria uma suposta arrecadação de recursos junto à empresa citada.
A parte do depoimento divulgada contém declarações prestadas no dia 12 de fevereiro deste ano para um grupo de trabalho da Procuradoria-Geral da República, em Curitiba (PR).
As citações sobre o envolvimento de Aécio no caso de Furnas foi arquivada pelo STF à pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Em depoimento, Youssef afirmou ter auxiliado Janene e transportado para ele, algumas vezes, propinas pagas pela empresa Bauruense por contratos em Furnas. Isso teria ocorrido entre 1996 e 2000, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Janene arrecadava entre US$ 100 mil e US$ 120 mil mensais, com pagamentos em espécie, em dólares ou reais.
O doleiro disse então ter ouvido o ex-deputado afirmar a correligionários do PP que a diretoria de Furnas seria dividida com o PSDB, mais especificamente com Aécio Neves.
“Ele conversando com outro colega de partido, então naturalmente saia essa questão que na verdade o PP não tinha a diretoria só, e sim dividia com o PSDB, no caso a cargo do então deputado Aécio Neves”, declarou Youssef.
O doleiro afirmou ter ouvido algumas vezes que caberia a uma irmã de Aécio fazer a arrecadação de recursos na Bauruense.
Em relação ao empresário, o argumento era usado para justificar o motivo de não poder repassar mais recursos a Janene.
“Ele (Daré) estava discutindo valores com o seu José (Janene) e dizia: não posso pagar mais porque tem a parte do PSDB. Aí você acaba escutando”, afirmou o doleiro.
PS do Viomundo: O interrogador diz, a certa altura, que “a gente localizou este inquérito”, quando o doleiro fala que o caso está sendo apurado. Tudo indica que seja o inquérito(AQUI) que resultou em denúncia da promotora Andréa Bayão Pereira, que apurou as relações entre José Janene (PP), o dono da Bauruense e o doleiro delator.
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da Redação
Segundo a Folha(AQUI), também surgiu o vídeo em que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, detalha os 10 milhões pagos ao ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, para que ele atuasse contra a criação de uma CPI da Petrobras. O pedido foi feito na presença de um terceiro, Dudu da Fonte.
Como diria Cid Gomes, foi um achaque:
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Num segundo momento, depois de conversar com o chefe de gabinete do presidente da Petrobras — que teria sinalizado no sentido de que era preciso evitar a CPI — o delator conta:
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