sábado, 21 de março de 2015


Ministério  Público  quer  “teste  de 


honestidade” para servidor. Só falta


chamar o João Kléber para promotor


vAI TAMBÉM UM 'TESTE DA FARINHA' AÍ ???

Fernando Brito                

               kleber
A ânsia de poderes divinos do Ministério Público  já passou do limite do doentio para a seara do ridículo.
Hoje, um grupo de promotores apresentou  um “pacote de legislação anticorrupção” –  ou uma sugestão, porque nem é sua atribuição constitucional propor leis senão sobre admissão e estruturação das Procuradorias.
Entre elas – na maioria simples agravamento de penas e tropelias, como prorrogação de prisões visando obter delações –  com, porém, uma pérola.
O “teste de integridade”, ou teste de honestidade. Está lá, na EBC:
O pacote de medidas contra a corrupção apresentado pelo MPF prevê ainda a criação do teste de integridade para agentes públicos, de modo que sejam adotados testes preventivos de atos de corrupção no comportamento dos servidores públicos, principalmente nas polícias.
Mas em que consistiria este teste de honestidade, a ser aplicado a servidores públicos?
Simples, fazer surgir, artificialmente, uma situação em que se pudesse lhe propor uma propina ou uma vantagem para permitir que alguém leve uma vantagem indevida!
Em linguagem policial, que todo mundo entende: forjar um flagrante por armação, através de um “agente secreto” que se apresentaria propondo alguma maracutaia.
Em linguagem popular, algo como aquela baixaria do “Teste de Fidelidade” do trôpego “humorista” João Kleber, onde um infeliz (em geral dublê) é assediado por uma “gostosona” para ver se ele trai a mulher, que, assistindo tudo, depois lhe dá umas bordoadas.
Uma barbaridade, um atropelo dos princípios jurídicos, com uma agente público induzindo outro a cometer crime, uma ação de obter o “bem público” pelo estelionato, uma porcaria que não se sustenta perante qualquer tribunal do mundo civilizado.
Será que perderam todas as noções de princípios do Direito?
Nem original é, porque empresas de recrutamento de profissionais no mercado fazem esta barbaridade, algumas usando “algoritmos”…
Francamente, não ouvia uma estupidez desta desde que, adolescente, havia aquelas lendas de “teste da farinha” ao se alistar no Exército, o que por óbvio não vou descrever o que era…
Francamente, a sanha com que alguns promotores querem se lançar ao estrelato é, esta sim, capaz de ser reprovada num teste de sanidade.

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