Neste domingo todos os golpistas se reuniram.
As primeiras imagens já mostravam que a coisa seria tão feia como sempre. As fotos nesse post são todas de hoje.
“Pena de morte!”, “Minha esperança está nos militares de direita!”, “Intervenção militar já!”, “Chega de Paulo Freire!”.
Os Bolsonaros, pai e filho, são seus grandes líderes.
Qualquer manifestante que aparecesse com alguma bandeira genuinamente popular, como a luta pela moradia, seria - não sejamos ingênuos - imediatamente agredido, xingado e expulso.
Ódio, palavrões, desrespeito, truculência.
Integralistas, militaristas, neonazistas, privatistas.
O exército de zumbis criado pela mídia.
Além de um bocado de inocentes, marchando confusamente ao lado daquelas bestas-feras.
Um dia de histeria midiática, liderada pela rede Globo, excitada com a possibilidade de repetir o que foi feito ao final de março de 1964, quando a imprensa, agindo igualzinho hoje, convocou manifestações que tomaram conta de São Paulo e Rio de Janeiro.
A direita botou milhões de pessoas na rua naquele fatídico março.
Muita gente foi iludida, enganada.
O grande Sobral Pinto estava lá, nas manifestações golpistas de março de 1964.
Ulisses Guimarães também.
Alberto Dines.
Depois, todos esses perceberam o erro que cometeram.
Não é assim que funciona a democracia.
Não se pode eleger um presidente e depois, só porque não se gosta dele, exigir-lhe a saída.
Não gostam de Dilma?
Façam reuniões políticas, unam-se a partidos, e trabalhem para elegerem mais pessoas de seu partido em 2016, quando haverá eleições municipais, e em 2018, quanto teremos novas eleições para presidente da república.
Esperemos, porém, que as marchas de hoje sirvam ao menos para acordar o governo de sua apatia política.
O governo precisa recuperar a sua iniciativa.
Precisa reconhecer que tem figadais inimigos na mídia, e apontá-los publicamente, esclarecendo a população.
Encerro o post com uma canção de Jorge Benjor (dica de uma colega de twitter), para relaxar neste domingo sombrio, cheio de reverberações de um passado que achávamos morto e enterrado.
Não está morto, nem enterrado. Sobretudo porque os que patrocinaram as marchas de março de 1964, são os mesmos que as patrocinam agora.
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