Tucanos erram a mão e
ajudam a unificar base
lulista pelo Estado Democrático de Direito
Direita quer reeditar 1964: base lulista se
unifica para barrar golpe neofascista
Rodrigo
Vianna
Um ex-dirigente do
PT (daqueles que fazem a crítica do governo pela esquerda, mas sabem quem é o
verdadeiro inimigo) costuma dizer em conversas reservadas: “se nós
dependêssemos só da direção do PT, estaríamos perdidos; mas a direita e os tucanos
não costumam nos faltar’”.
A direita não
costuma nos faltar… Na eleição foi assim. O segundo turno começou e a eleição
estava nas mãos do Aécio. “Ele só perde se errar muito”, me disse um amigo,
ligado ao PSD de Kassab.
E Aécio errou. Mais
que ele, a direita errou em bloco.
Errou de que jeito?
Arrogância, prepotência… Eleitores tucanos de São Paulo – comandados por FHC
- saíram dizendo que o eleitorado da Dilma era formado por gente
desqualificada. “Só Nordestino e ignorante vota nela”.
Ali, perderam a
eleição.
O Nordeste poderia
não ter votado em peso no PT. Pernambuco, sobretudo, estava em disputa. E lá se
foram os arrogantes estragando tudo.
Depois teve o
‘leviana, leviana’…
Isso tudo levou
para Dilma, também, um eleitorado do Sudeste (Rio, Minas e até São Paulo) – que
está na bronca com o PT, mas entendeu bem quem estava do outro lado.
Bem, agora os
tucanos repetem a dose. Eles não se aguentam.
Dilma começou o
segundo mandato errando muito: desagradou seu eleitorado. Está sob ataque no
Congresso, e na mídia.
E aí aparecem os
tucanos: “vamos sangrar a Dilma”. E seus eleitores finíssimos, os paneleiros:
“vaca, puta, ladra!”
Olha só: até quem
não gosta da Dilma, nunca gostou, está ressabiado com esse clima de “esfola e
mata”. A direita vai reunificar a base do governo nas ruas.
A batalha será
dura. Estaria perdida – porque falta comando aos que se alinham não do lado do
PT, mas contra o tucanato e a extrema-direita.
Mas a direita não
costuma nos faltar.
Os golpistas –
falando em volta dos militares e outras loucuras – vão levar muita gente pra
rua no dia 15. Mas a força deles será também a fraqueza.
Já erraram a mão.
Assustaram o povo moderado.
Aloysio vai
continuar falando em sangrar a Dilma. Machão, era da ALN mas fugiu pra Paris
quando o pau comeu na ditadura. Hoje se alinha com a extrema-direita.
Fico pensando o que
acontecerá se algum desajuizado seguir o conselho do senador e achar que
Aloysio também deve “sangrar”…
Esses tucanos… São
Lacerdas desajeitados.
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