A Folha de S. Paulo registra o “sumiço” temporário dos relatórios do Tribunal de Contas de Minas Gerais mencionados por Dilma Rousseff no debate da Band.
Foi o bastante para a página sair do ar, voltar sem os relatórios e, só depois de divulgadas cópias e notícias, restaurar os documentos.
Já se vê que Tribunal de Contas há em Minas, aliás presidido pela meritocrata mulher de um aecista militante, o presidente da Confederação Nacional (das empresas) de Transporte.
Muito bem, afinal, restabeleceu-se a verdade.
Só que a Folha não publica uma linha sequer sobre o que os relatórios apontam, exceto as menções que fez na cobertura do próprio debate. Aliás, não se interessou em mostrar a parentalha empregada, como Dilma relatou.
Imaginem se o Governo Federal tivesse um relatório dizendo que não investiu o mínimo em saúde?
Reproduções do texto, entrevista com médicos, matérias sobre o abandono dos hospitais, um festival de “mundo-cão” de fazer inveja ao Datena, não é?
Aécio só é uma farsa em pé porque a imprensa brasileira faz o que a imprensa mineira fez durante seu governo: o poupa.
É por isso que ele quer ser o “coitadinho”, barbaramente agredido por “aquela mulher”.
Bem que “aquela mulher” poderia dizer no debate de hoje: “Candidato Aécio, as regras do debate me impedem de mostrar ou entregar documentos. Então, sabe aquele relatório do Tribunal de Contas do qual falei, mostrando que Minas investiu em saúde muito menos do que manda a Constituição? Pois é, deixei uma cópia num envelope na portaria para o senhor, já que lá em Minas até a internet sai do ar quando apontam os seus defeitos.”
Aécio não é só um mau gestor.
Nem só um conservador.
É uma caráter ruim, deplorável.
Quem acha que ele vai “limpar”, que prepare os tapetes para que se varra muita coisa para debaixo deles.
Aliás, neste caso, seguramente, os nossos jornais são os tapetes...
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