Presidente do PSB, o cearense Roberto Amaral, era um “cabra marcado para morrer”.
Sua atitude de tentar preservar o partido e não, simplesmente, entregá-lo a Marina Silva, como ocorreu nesta quarta-20, lhe será fatal.
Aliás, só foi fatal porque ele teimou em não entregá-lo incondicionalmente, como desejava a mídia.
Amaral publicou , no final da noite(AQUI) da última terça-19, texto no qual reage à nota do colunista(AQUI) Ricardo Noblat, de O Globo, onde era apontado como “conspirador” contra Marina Silva. Nela, para sustentar a afirmação, Noblat “recordava” supostas falas de Eduardo Campos de que Amaral seria um “traste” a ser suportado pelos socialistas, em homenagem aos “velhos tempos”.
Amaral diz que Noblat tem “um pasquim eletrônico”, onde exerce a função de “direita alugada”.
Embora aceitasse Marina como “opção natural” do partido, dizia que o PSB, desde o instante da morte de Campos sofria “assédio” para entronizá-la na condição de candidata de um partido que, confessadamente, não é o dela.
Amaral, porém, cometeu a suprema heresia de dizer – e repetir, em sua nota pública – que ele e Eduardo Campos , “sempre preservamos a amizade de Lula, de cujo governo fomos ministros dedicados”.
O que é totalmente inconveniente para a candidatura que, gostando ao não o presidente do PSB, está fadada a ser ungida pela direita brasileira como sua expressão, no momento em que se torna claro que, embora montada na máquina partidária do PSDB, a candidatura Aécio padece de um vício incorrigível de mediocridade.
A frase que Noblat atribui a Eduardo Campos – “-Esse Amaral, homem, só me cria problemas” – foi adotada como lema pelo midio-marinismo que tomou conta da mídia brasileira.
Os “velhos socialistas” do PSB tentaram timidamente resistir, mas acabaram atropelados.
Todos eram, Amaral em primeiro lugar, cabras marcados para morrer.
Marina acaba de receber do PSB, em meio a quebra sumária de alianças costuradas por Eduardo Campos, o bastão para virar a 'Rainha de Copas'.
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