Um leitor me pergunta porque não comentei a ”maquiagem” de patrimônio da presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster.
Posso ser sincero? É pelo ridículo.
O repórter de O Globo não precisa ir ao Tribunal de Contas da União.
Basta ir a qualquer imobiliária e perguntar quanto tempo leva para fazer uma escritura, de compra e venda ou de doação – que é praticamente igual.
Eu já fiz isso, aliás, com uma casa, para meus filhos mais velhos, após uma separação.
Qualquer corretor lhe dirá que é absolutamente impossível fazer em um dia, como alega o jornal.
É preciso uma tonelada de certidões, dos distribuidores, vintenária, dívidas e ônus reais, órfãos e sucessões, o diabo.
Aliás, ele nem precisa disso, basta ler as escrituras e ver que as certidões foram emitidas dia 11 de agosto, mais de uma semana antes de qualquer notícia sobre o caso. E, se foram emitidas dia 11, é porque foram pedidas ainda antes.
E sinceramente, causa pena que o “imenso patrimônio doado” por Graça a sua filha seja um apartamento na Rua Barão de Itapagipe, no Rio Comprido ou uma casa num loteamento em Manguinhos, Armação dos Búzios.
O apartamento é neste prédio aí, o 501, numa área que não é absolutamente valorizada. É até meio decadente, desde que se fez por ali o elevado da Paulo de Frontin.
É o que Graça tem, depois de 30 anos ou mais como engenheira da Petrobras, com vários anos como diretora e mais três como sua dirigente máxima?
Ganha-se bem ali, certamente mais do que ganhava o Dr. Joaquim Barbosa no Supremo, e comprou apartamento em Miami, num condomínio de luxo.
Estes imóveis de Graça Foster dão, com muito boa-vontade, para comprar comprar um apartamento de três quartos em Botafogo.
E olhe lá.
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