Daqui a pouco, os leitores que acompanham a Operação Zelotes, sobre corrupção nos Conselhos Administrativos de Recursos Fiscais vão topar com uma expressão usada para alguns ex-auditores da Receita que usavam de seu conhecimento técnico para fraudar ou facilitar a fraude no pagamento de impostos por grandes empresas.
Era prática, na Receita, fiscais licenciarem-se para prestar consultoria a escritórios de advocacia que as representavam no julgamento de autos de infração lavrados por seus próprios colegas.
O termo nasceu em 2003, quedo Paulo Baltazar Carneiro e Sandro Martins Silva, dois auditores fiscais, montaram a Martins Carneiro Consultoria Empresarial. Um se licenciava, depois o outro e, assim, vendiam facilidades aos empresários no julgamento de seus processos fiscais. Depois de anos de investigações e processo administrativo, foram demitidos em 2008 e, finalmente, condenados em agosto do ano passado, pela 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça.
Situação semelhante é a do ex-fiscal Paulo Roberto Cortez, apanhado na gravação(AQUI)que O Estado de S. Paulo divulgou nessa quinta(2). Cortez aposentou-se em 2009. E foi, então, indicado como representante da Confederação Nacional do Comércio como representante da entidade no Conselho.formando com o auditor Nelson Malmann, recentemente aposentado e que integrou a formação de conselhos de 1994 a 2013, a Cortez & Mallmann Consultoria Tributária,
Viu-se, agora, para que.
Para os que gostam de generalizar, mesmo em meio a uma corporação “linha-dura” como a Receita, fica a prova de que a corrupção está longe de ser um “privilégio” dos políticos. Nem sempre os há nos casos escabrosos.
Mas empresário, isso não falta...
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