quarta-feira, 24 de junho de 2015

             Luis Nassif Online imagem de EJ

Lava Jato continua produzindo vazamentos
e interpretações para a mídia 'amiga'
Bilhete de Marcelo Odebrecht com a expressão "destruir e-mail sonda" é visto pela PF como tentativa de suprimir uma "prova" que já foi juntada aos autos da Operação Lava Jato e divulgada pela imprensa...

                      

Jornal GGN - A força-tarefa da 'Lava Jato' segue produzindo vazamento de informações e interpretações tendenciosas que, segundos os advogados do empresário Marcelo Odebrecht, servem apenas para cercear a liberdade de defesa dos empresários investigados na Operação. Nesta quarta-feira (24), veio à tona a petição que a defesa de Marcelo teve de apresentar ao juiz Sergio Moro para evitar que a Polícia Federal criasse uma "celeuma onde não existe".

Trata-se de uma explicação dos advogados sobre um bilhete [imagem acima] escrito por Marcelo, que contém a expressão "destruir e-mail sonda", em referência a uma das provas que pode incriminá-lo no processo. Segundo os advogados, o presidente da Odebrecht, preso desde a última sexta-feira, entregou nas mãos de um dos agentes da Polícia Federal de Curitiba um bilhete para ser entregue a sua mulher, e outro papel contendo informações que deveriam ser endereçadas a sua defesa, que está trabalhando em um Habeas Corpus.  

A primeira linha do bilhete copiado pela Polícia Federal e publicado hoje pela imprensa, inclusive, diz "Pts para o HC", sugerindo que é uma lista de "pontos para [embasar] o Habeas Corpus". Marcelo estaria ajudando os advogados a desconstruir os elementos que renderam sua prisão preventiva.

O delegado Eduardo Mauat da Silva interpretou(?) que o termo "destruir" referia-se a um pedido para que os advogados ajudassem Marcelo a suprimir uma prova que já foi divulgada pela mídia e juntada aos autos do inquérito contra o empresário. Além de copiar o bilhete e entregar a Sergio Moro na última segunda (22), o delegado informou à defesa que queria a cópia original.

“As anotações não continham o mais remoto comando para que provas fossem destruídas, e que – à toda evidência – a palavra destruir fora empregada no sentido de desconstituir, rebater, infirmar a interpretação equivocada que foi feita sobre o conteúdo do e-mail”, diz o documento assinado pelos criminalistas Dora Cavalcanti, Augusto de Arruda Botelho e Rodrigo Sánchez Rios.

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