quinta-feira, 28 de maio de 2015

O castigo dos coxinhas

 

“padrão Fifa” 

Fernando Brito                         
fifa
Ótimo 'post'  o do coleguinha Mário Magalhães lembrando que, exatamente um ano antes do escândalo de ontem, ele dizia que o Brasil seria muito pior se tivesse o “padrão Fifa” que se espalhou em faixas e cartazes nas manifestações coxinhas de 2013.
E, segundo ele mesmo diz, contrariando “certa tradição nacional, não peço para esquecerem o que escrevi”.
Ao contrário, pede que leiam o texto e também os comentários furiosos e grosseiros que ele recebeu, na ocasião.
Quando, aliás, as malfeitorias da Fifa já eram um saber geral, com a diferença que não tinham sido pegas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Seleciono um trecho do post sensacional, e o reproduzo, abaixo:

Se tivesse ‘padrão Fifa’, o Brasil seria muito pior

Mário Magalhães, em 27 de maio de 2014

A palavra de ordem se disseminou com intenção generosa: o Brasil padrão Fifa seria melhor.
No Google, aparecem 460 mil registros quando se digita “padrão Fifa” entre aspas.
Os serviços públicos, a começar por educação e saúde, teriam mais qualidade, se mimetizassem o alto nível da dona do futebol _é a ladainha que ouvimos desde junho de 2013.
Com o perdão dos que adotaram a divisa, eu acho que o padrão Fifa é uma balela ou significa o avesso do lugar-comum que se fixou no imaginário nacional.
O país seria muitíssimo pior caso se espelhasse nos valores, métodos e obra de Sepp Blatter e seus bons companheiros.
Na saúde, o padrão Fifa seria o contrário de cuidar da vida dos brasileiros, o que se faz (ou deveria ser feito) com bons hospitais e pronto-socorros, profissionais qualificados e bem remunerados, prevenção acurada, saneamento para todos, alimentação decente e outras providências.
(…)
A despeito de todas as mazelas que vigoram no país que figura entre os campeões da desigualdade, o Brasil no padrão Fifa seria ainda mais egoísta, hipócrita, inescrupuloso, obscuro e desigual.
Padrão Fifa é exigir do outro o que não se faz _faça o que eu digo, e não o que eu faço.

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