domingo, 24 de maio de 2015

Acordo  com   a  China   é  maior   que
plano Marshall, que ergueu a  Europa
após a 2ª Guerra Mundial
                                  
Miguel do Rosário        

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Os mais de 35 acordos firmados entre Brasil e China representam a entrada da geopolítica, em grande estilo, na casa bagunçada da política nacional.
A mídia, como era de se esperar, segue absolutamente perplexa, sem saber como atacar uma parceria que vai trazer para o Brasil um monte de fábricas de alta tecnologia, ferrovias continentais, satélites, projetos modernos de telecomunicações, etc.
Segundo Paulo Moreira Leite, este acordo só tem(AQUI) paralelo com o Plano Marshall, aquele que os EUA patrocinaram numa Europa destruída pela II Guerra, e que foi fundamental para reerguer o Velho Mundo.
O plano Marshall mobilizou, a partir de 1947, aproximadamente US$ 13 bilhões, o que corresponderia a US$ 130 bilhões em valores atualizados.
Isso para um continente inteiro, cuja infra-estrutura havia sido, em grande parte, destruída por bombardeios.
No Brasil, apenas um fundo de investimento, criado pela China para atuar no Brasil, receberá US$ 53 bilhões, e não fomos destruídos por nenhuma guerra. O dinheiro não será usado, como foi o Marshall, para reconstruir pontes e estradas, mas para abrir novas.
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Reproduzo abaixo um texto do Helcio Zolini sobre o assunto.
Chinês tem olho pequeno,
mas exerga longe
Por Helcio Zolini, em seu blog no R7
Os chineses não nasceram ontem. Pelo contrário: são donos de uma cultura e sabedoria milenares.
Possuem uma história marcada por guerras e conquistas, e acumulam enormes avanços científicos e tecnológicos nas mais diversas áreas do conhecimento.
São temidos pelo poderio bélico e militar.
E respeitados pelo gigantismo de sua população e pelo tamanho descomunal de sua economia, capazes de gerar riquezas ou turbulências em escala mundial.
Chinês pode ser tudo, mas não é bobo. Enxerga longe, apesar do olho pequeno.
Não é por acaso que a China se transformou numa das maiores e mais admiradas potências do planeta.
Por tudo isso, chama a atenção a aposta alta que fazem no Brasil, do qual querem ser um parceiro preferencial.
Esta semana, o primeiro-ministro, Li Keqiang, veio até aqui anunciar investimentos que somam vários bilhões de dólares, mais precisamente U$ 53 bilhões nos mais diversos setores, como agricultura, infraestrutura, transporte, ferrovia, energia, comércio exterior, comunicações e meio ambiente.
Os chineses querem também abrir fábricas no Brasil.
E, para espanto de alguns, querem, até mesmo, investir na Petrobras, a nossa estatal, criminosamente utilizada para malfeitos políticos e tão injustamente mal falada e depreciada por parte dos meios de comunicação e de setores da oposição, que, irresponsável ou intencionalmente, fecham os olhos para o grande e inestimável patrimônio estratégico que ela representa para o povo brasileiro.
Aliás, não será isso, entre outras coisas, o que os chineses estariam conseguindo vislumbrar?
Exatamente o que parte da oposição e uma grande parcela dos brasileiros, em função desse indesejável e insondável complexo de vira-latas, que volta e meia se manifesta entre nós, não consegue (ou não quer) enxergar?
Que o Brasil é um país estratégico, rico, sério e merecedor de todo o respeito.
Que ele é infinitamente maior do que possam achar determinados políticos de ocasião.
E que não serão supostas ou eventuais crises que irão comprometer o seu futuro.

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