quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O  que  Einstein  diria dos  canalhas

que xingaram Mantega no hospital

paulistano com seu nome?         

Kiko Nogueira                  

Ele
Ele
O mesmo espírito de porco que levou um pessoal a mandar Dilma tomar no cu na Copa do Mundo tomou conta da gente que xingou Guido Mantega no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Você deve ter assistido ao vídeo. Mantega estava chegando à lanchonete quando boçais começaram a gritar.
— Vai pro SUS!
— Vai pra Cuba!
— Filho da puta!
Esse povo está com ódio e o ódio é um combustível poderoso. É impressionante a falta mínima de civilidade, especialmente naquele ambiente. O desrespeito não foi apenas com Mantega, mas com pacientes, médicos e funcionários.
Não que faça diferença, mas e se ele estivesse doente? E se fosse a senhora dele? (O ministro divulgou mais tarde uma nota dizendo que estava indo visitar alguém com a mulher e que foram “manifestações isoladas”.)
O Hospital Einstein liberou um comunicado absolutamente protocolar, declarando que “recebe igualmente a todos”, seja lá o que isso quer dizer.
O presidente da instituição, Claudio Lottenberg, sumiu. Não achou que deveria mostrar a cara e pedir desculpas não apenas a Mantega, mas a quem testemunhou a cena deprimente.
O que falta acontecer?
E se o seu filho for, digamos, delatado como 'petista' na sala de emergência? Será maltratado? Expulso pelo segurança?
Os cidadãos que estavam naquele lugar e naquela hora são os que, provavelmente, reclamam da corrupção e da 'ditadura bolivariana'.
Eles — e a instituição onde se encontravam — não honram o exemplo do gênio que dá o nome ao Hospital. “As leis sozinhas não garantem a liberdade de expressão; para que todo homem  possa mostrar sua visão sem ser penalizado, é preciso haver espírito da tolerância em toda a população”, disse Albert Einstein, cujo busto está na recepção.
A tolerância é a apreciação afável de qualidades, posições e ações de outros indivíduos que são estranhas aos hábitos, credos e gostos de outrem. Portanto, ser tolerante não significa ser indiferente com relação às atitudes e sentimentos alheios. Compreensão e empatia também devem estar presentes”.

Nenhum comentário: