Liga de Universidades do BRICS deve sair do papel em outubro
Em outubro, os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) concluirão o processo de criação da Rede de Universidades e da Liga de Universidades do grupo. Estruturas devem reunir os melhores estabelecimentos de ensino superior de cada país, ampliando a mobilidade acadêmica e desenvolvendo parcerias em pesquisa científica.
Os estabelecimentos de ensino superior do BRICSD planejam concluir a criação da Liga de Universidades e da Rede de Universidades durante a cúpula de reitores marcada para outubro, em Pequim, apenas dois anos após o surgimento da iniciativa.
De acordo com Aleksei Maslov, professor da Escola Superior de Economia, que supervisiona os trabalhos russos na Liga, o principal objetivo dessas estruturas é ampliar e simplificar a mobilidade acadêmica e desenvolver a pesquisa científico-analítica entre as universidades dos membros do bloco.
A Liga das Universidades, uma espécie de associação das melhores universidades dos países do BRICS, recebeu o apoio de algumas das maiores instituições de ensino russas, incluindo a Escola Superior de Economia, a Universidade Estatal de São Petersburgo e Universidade Federal do Extremo Oriente.
“Espera-se que algumas universidades e centros anunciem, no âmbito da Liga, projetos de pesquisa prioritários cujos resultados sejam importantes para todos os Estados-membros do bloco. Por exemplo, projetos na área de economia, desenvolvimento sustentável, meio ambiente, energia e ciências naturais”, diz Maslov.
O vice-reitor da Universidade Federal dos Urais (UrFU), Maksim Khomiakov, ressalta que a aproximação dos países dos Brics deverá estimular a convergência nos setores de educação, ciência e inovação.
“É curioso notar que as agências de classificação também compreendem isso – tanto a QS como a Times Higher Education estão criando rankings para as universidades dos países do Brics e, separadamente, dos países com economias emergentes”, diz o vice-reitor da UrFU.
Porém, segundo Khomiakov, essas classificações não fazem sentido sem a criação de um espaço científico-educacional comum. “A estrutura da Liga e o projeto da rede de universidades estão sendo projetados para apoiar uma cooperação real”, afirma
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