Dilma deveria ter ido
também ao velório do
garoto Eduardo
Duas mortes brutais chocaram o país no mesmo dia (2), a de Thomaz Alckmin, 31, filho do governador de São Paulo, vítima de acidente com helicóptero, e a de Eduardo Jesus Ferreira, 10, filho de trabalhadores do Rio, atingido por disparo de um policial militar, no Complexo do Alemão.
O bom senso definiria a qualquer governante que comparecesse aos velórios de ambos.
Seria algo de forte impulso simbólico a mostrar que o governo não vê diferenças de classe diante da dor e da perda. Vai a palácios e choupanas, sem medir diferenças.
Nenhuma opção ou escolha deveria ser feita. A presidenta poderia estar na capital paulista, permanecer algum tempo junto à família do governador e dali voar para o Rio. O aeroporto de Congonhas não é longe do palácio dos Bandeirantes e nenhuma questão logística a impediria de fazer isso.
Dilma, no entanto, esteve no velório do filho do governador e dali zarpou para Brasília.
Fazer escolhas é o ponto mais difícil na ação de um mandatário. Decidir entre dois ou mais tópicos, especialmente quando há interesses conflitantes, constitui-se no cerne da atividade política e demarca posições. A partir disso, percebe-se de que lado uma liderança está.
Pode-se alegar que é duro fazer escolhas em tópicos que envolvam poderosos interesses do mercado financeiro, dos oligopólios da mídia etc etc. Sempre aparecerá um assessor sabujo para justificar tudo em nome de uma tal de “correlação de forças”.
Dilma não tinha de fazer escolha alguma na sexta-feira...
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