FHC propõe ‘mão-de-gato’
do PSDB nas passeatas
pró-impeachment
Jornal GGN - A cúpula do PSDB decidiu pegar carona nas manifestações marcadas para o domingo 15 de março. Esses movimentos, se acontecerem, trarão a marca do impeachment para Dilma, para cujo tema o PSDB, na carona, não vincula seu apoio. Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente, é o articulador.
FHC reuniu nessa sexta-feira(27/2), na sede de seu Instituto, em São Paulo, os senadores mais expressivos do PSDB. Presentes à convocação para o almoço os senadores Aloysio Nunes (SP), Cássio Cunha Lima (PB), Tasso Jereissati (CE) e José Serra (SP), além do também senador(presidente nacional da sigla e candidato derrotado a presidente) Aécio Neves (MG). No cardápio de FHC a defesa de que o PSDB deve estimular as manifestações, desde que fique longe do mote "Fora Dilma".
"Tem que ficar claro que nós apoiamos, mas não somos promotores", disse o ex-sociólogo, segundo relatos de participantes. Prontamente o senador Aloysio Nunes concordou em participar, mas José Serra e Aécio Neves nada prometeram.
Os tucanos apostam nos movimentos alimentados em redes sociais. Para eles, em São Paulo haverá adesão expressiva, parte do motivo da participação do PSDB, que tem na cidade seu reduto maior. O ajuntamento inicial se dará na Avenida Paulista, mas o roteiro ainda está indefinido.
Aloysio declarou não ser favorável ao "Fora...", pois pessoas que defendem tal bandeira desconhecem os 'mecanismos constitucionais". Disse o candidato a 'vice', derrotado nas últimas eleições, que tal bandeira representa mais a 'indignação' das pessoas. Sua ida à manifestação paulistana se deve ao fato de que movimentos são contra o governo, e o PSDB é "oposição".
Cunha Lima concordou com tudo e reforçou dizendo que não irão fazer pirotecnia, pois o impeachment não está na pauta do partido. Avisou, contudo, que "a palavra não pode ser criminalizada".
Ao fim da reunião, Aécio e Serra foram escolhidos para explicar à imprensa o posicionamento do partido. Aécio afirmou que 'ato' não é uma bandeira ou manifestação partidária, daí a importância de 'isso ficar bem claro', finalizou.
Segundo o Estadão, que deu a notícia, dessa vez, diferente do que aconteceu nos dois movimentos 'pró-impeachment' depois da democratização - o 'Fora Collor' em 1992 e o 'Fora FHC' em 1999 -, dessa vez os partidos e organizações do movimento social não estão formalmente envolvidos.
No dia 15, a convocação do ato é feita por dezenas de organizações virtuais, que não consideram produtivo que seja partidário. A declaração foi dada por Rogério Chequer, líder do "Vem pra Rua" e maior aglutinador de tucanos nesta movimentação.
'Memes'
Os tucanos deixaram clara a ideia de que vão usar o humor no embate político com os petistas. E o ex-presidente FHC postado no twitteer segurando uma folha sulfite e uma nota de R$2 com a frase: "Foi FHC".
Depois do evento, Serra mostrou ter também senso de humor. Ao ser questionado sobre a tentativa do PT de ampliar as investigações da CPI da Petrobras para a gestão FHC, foi irônico: "Eu soube agora que vão fazer uma CPI sobre a mudança da capital do Rio para Brasília, cujo responsável teria sido o Fernando Henrique."
Sobre as 'memes': 'viralizaram', e não fizeram bem à imagem do ex-presidente.
Com informações do Estadão.
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