terça-feira, 14 de julho de 2015


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Merkel de hipocrisia
em relação  à  Grécia


Chanceler da Alemanha Angela Merkel
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, de fato, a Alemanha assinou o chamado Acordo de Londres, segundo o qual os credores do país concordaram em perdoar mais da metade da dívida de guerra da jovem República Federal, o que foi um dos principais fatores que permitiram o milagre econômico alemão da década de 1950, segundo escreve o diário Der Spiegel.
A situação entra em paralelo com a crise da Grécia, embora a Alemanha, parecendo ter esquecido as lições do passado, mantenha-se relutante em fazer concessões semelhantes às que a beneficiaram.
"O principal credor a exigir que os gregos sejam obrigados a pagar por licenciosidades passadas se beneficiou não muito tempo atrás de termos mais brandos do que os que está agora preparado para oferecer", escreveu o Der Spiegel, citando o New York Times.                                       
A posição de Berlim em relação à Grécia também provoca críticas por parte de líderes de vários países. A Casa Branca, por exemplo, há muito tempo vem exercendo uma pressão silenciosa nos bastidores das negociações internacionais a fim de conseguir a reestruturação ou um corte da dívida de Atenas.
A saída da Grécia da zona do Euro poderia ter consequências negativas mesmo para os distantes EUA, observa o Der Spiegel. Segundo o jornal, um colapso na Europa e um transbordamento da crise poderia ter uma influência negativa sobre o crescimento da economia norte-americana. Os EUA, aliás, têm um problema semelhante em sua vizinhança mais próxima, em Porto Rico. A dívida esmagadora do território norte-americano no Caribe já se situa em 72 bilhões de dólares.
Recentemente, o presidente do país, Barack Obama, tomou a iniciativa de conduzir conversas telefônicas com os políticos-chave "envolvidos" na crise da dívida europeia. Na terça-feira (7), ele falou com o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras e com a chanceler Angela Merkel.
De acordo com Obama, a Grécia deve ser autorizada a retomar suas reformas e receber uma oportunidade de retornar ao crescimento econômico. Assim, segundo o Der Spiegel, é hora de Merkel abandonar a linha dura e se disponibilizar para um compromisso mais aceitável para os gregos.

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