quarta-feira, 8 de julho de 2015

Deputado Silvio Costa, do PSC, defende governo e aponta incoerências da oposição             

Integrante da base aliada, o pernambucano diz: "O povo não vai entrar na onda de vocês, que estão querendo surfar na insatisfação momentânea de grande parte do povo brasileiro”
REPRODUÇÃO/CÂMARA
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Para Costa, oposição não tem credibilidade, propostas e nem "fala ao coração das pessoas"
Na sessão para votação da medida provisória sobre o refinanciamento das dívidas fiscais e trabalhistas dos clubes de futebol profissional, na tarde dessa terça-feira (7), o deputado Silvio Costa (PSC-PE) voltou a discursar em defesa do governo e fez duras críticas aos parlamentares do PSDB e ao DEM – a quem tem chamado ironicamente de “paladinos da ética”.
Em sua fala de nove minutos, ele chamou de “convulsão” a convenção do PSDB realizada no último domingo. “Não dá para dizer que aquilo foi uma convenção. E não dá para acreditar que o PSDB acredita que o povo do Brasil acredita no PSDB. Acho que o PSDB está precisando fazer uma análise. É um poço de incoerência”, disse.
O parlamentar lembrou que o líder do DEM, deputado José Mendonça Bezerra Filho, foi autor da emenda da reeleição aprovada em 1997, que permitiu que prefeitos, governadores e presidentes pudessem emendar dois mandatos seguidos. A emenda, que beneficiou Fernando Henrique Cardoso (PSDB), foi aprovada mediante um esquema de compra de votos na Câmara. “Todo mundo sabe que o PSDB usou a máquina para aprovar a reeleição (de FHC). No meu estado, vários deputados federais receberam concessões de rádios do  PSDB para aprovar a reeleição.”
Outra lembrança de Costa foi a criação, pelos tucanos, do fator previdenciário. “O PSDB foi o primeiro a mexer e tirar o direito do trabalhador. E agiu certo porque era o PSDB. Depois acabou com o fator. O mesmo partido criou e acabou a CPMF.”
Para ele, os parlamentares dos dois partidos são incoerentes e não têm autoridade política para criticar o governo, muito menos propostas.
Em tom de provocação, mandou recado para Aécio Neves: “Aécio não vai ser candidato porque (Geraldo) Alckmin, como se diz no nordeste, já comeu o cartão dele. Serra quer botar o parlamentarismo”.
FHC não foi poupado. “Fernando Henrique tem ciúme de Lula, inveja de Lula porque Lula tem cheiro de povo e ele tem cheiro dessa parte dessa elite imbecil de São Paulo, que assaltou o país por 500 anos e que olhava para Minas e para o Nordeste com nojo. Lula fez o povo, acima de tudo, sentir o prazer de viver.”
Costa defendeu os 39 ministérios do governo Dilma Rousseff, comparando com o exagero das 27 secretarias criadas pelo governador paulista Geraldo Alckmin. “Proporcionalmente, é maior o número de 27 secretarias num estado do que 39 ministérios para todo o país. Rapaz, respeitem a inteligência do povo brasileiro. Vocês estão pensando que o povo vai entrar na onda de vocês, que estão querendo surfar na insatisfação momentânea de grande parte do povo brasileiro.”
De acordo com o parlamentar, faltam credibilidade, proposta e, principalmente, “a qualidade de chegar no coração das pessoas. “As pessoas ficam mangando do PSDB. Eu estou com pena do garoto do Rio. O Aécio Neves, coitadinho, é um menininho que fica tomando chope em Ipanema. Como perdeu para a presidente Dilma, está com ciúme.”
E atacou também o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), que apareceu no programa Fantástico, da Rede Globo, recebendo R$ 1 milhão. “Que moral é essa? Vocês, da oposição, quando são pegos em corrupção, então tudo bem.”
Ele ressaltou que o governo está investigando a corrupção e que nunca foram feitas tantas prisões como no governo do PT. E que durante o governo de FHC, o então chefe da Polícia Federal, Romeu Tuma, foi impedido de investigar as privatizações.
E recebeu aplausos de uma parte do plenário quando sugeriu à oposição esperar o término das investigações da Operação Lava Jato, que citou dois ministros do Tribunal de Contas da União. “Vocês vêm falar em pedaladas, mas é preciso esperar para saber se os ministros são culpados ou não. Quem primeiro mexeu em déficit primário foi o PSDB.”
No final de março, em discurso igualmente inflamado contra a oposição, ele criticou a hipocrisia dos parlamentares da oposição e os acusou de acobertar crimes em São Paulo, como os envolvendo o chamado esquema do trensalão.
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