Mesmo com
investimentos na Copa, DF anuncia superação da pobreza
Distrito Federal comemora a erradicação da pobreza e da extrema pobreza, conforme parâmetros técnicos estabelecidos pelas Nações Unidas
Brasília - Dois meses após ser certificado pelo Ministério da Educação (MEC) como a primeira unidade da federação a acabar com o analfabetismo, o Distrito Federal comemora agora uma nova conquista: a erradicação da pobreza e da extrema pobreza, conforme parâmetros técnicos estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). E com Copa do Mundo.
O anúncio foi feito pelo governador Agnelo Queiroz, nesta quarta (2), em cerimônia no Palácio do Buriti. “Em 2010 tínhamos 7,3% das pessoas abaixo da linha da pobreza e, em 2013, conseguimos reduzir para 2,4%. Isso significa que o DF possui menos de 3% da população com renda inferior a R$ 140 per capita, percentual que supera tecnicamente a extrema pobreza e a pobreza segundo parâmetros estabelecidos pelas ONU", justificou.
De acordo com ele, a conquista só foi possível devido à parceria com o governo federal, por meio do Programa Bolsa Família. "Hoje, nós atendemos 12% da população do DF, 337 mil pessoas, com o programa federal. Desse total, 63 mil pessoas recebem complementação do GDF [Programa DF sem Miséria], de modo que nenhuma família recebe, por mês, menos que R$ 140 per capita”, esclareceu.
Para a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, está é mais uma vitória dos que acreditaram nos governos do PT. “Duvidaram dos nossos objetivos como duvidaram da Copa do Mundo. Eram ‘metas muito ousadas’. Hoje, estamos mostrando ao mundo inteiro nosso êxito, como uma visibilidade que o Brasil jamais sonhou ter”, afirmou.
O coordenador-residente das Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek, confirmou que as políticas públicas brasileiras estão servindo de exemplo para todo o mundo. “Brasília e o Brasil mostram como uma missão política pode revolucionar o cenário social rapidamente. Parabenizo o esforço em reverter dívidas históricas”, disse.
O secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do DF, Osvaldo Russo, ressaltou que os investimentos para a Copa do Mundo não foram feitos em detrimento da área social. “Investimos R$ 1,5 bilhão só nas políticas de combate à pobreza, um valor superior à construção do Mané. Tiramos 130 mil pessoas da pobreza no DF, o dobro da capacidade do estádio”, comparou.
Evolução da renda
O Censo Demográfico do IBGE de 2010 apontou que 7,3% da população do DF viviam em situação de pobreza, com renda per capita de até R$ 140, e 1,8% em pobreza extrema, com renda per capita inferior a R$ 70. Em 3,5 anos, o quadro foi revertido. A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios da Codeplan registrou, em 2013, apenas 2,4% de famílias em situação de pobreza, e 0,7% em pobreza extrema.
Para 2014, a expectativa é de um cenário ainda melhor. Desde agosto, o DF sem Miséria, programa distrital semelhante ao Bolsa Família, investe R$ 1 para cada R$ 1 do orçamento federal. Assim, todas as famílias cadastradas e atendidas pelos programas sociais estão fora da linha de pobreza, com renda mínima de R$ 140 por pessoa.
“Os que ainda não recebem são os cidadãos que não conhecemos, que não têm acesso aos programas. Por isso, vamos ampliar o número de agentes comunitários, para fazer uma busca ativa dessas pessoas”, anunciou Agnelo que, durante a cerimônia, assinou novos convênios e contratos para destinar mais R$ 17,4 milhões à área.
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