Do repórter Flávio Ilha, de O Globo, que cultiva o “defeito” de deixar quem é notícia falar:
O principal dirigente do MST no país, João Pedro Stédile, apelou nessa quinta-feira(12) em Porto Alegre, (nota do Tijolaço: um esquenta para as manifestações de amanhã, com milhares de pessoas, que não mereceu a metade do espaço que tiveram os 30 “revoltados” de ontem) durante ato em defesa da Petrobras, para que a presidente Dilma Rousseff “não se acovarde” diante da pressão de setores do país “que querem tomar o poder no grito”. Diante de um público estimado em 5 mil pessoas pela Brigada Militar, Stedile comparou a situação política atual ao período da Legalidade, quando João Goulart foi impedido de assumir a Presidência com a renúncia de Jânio Quadros. Ele prometeu “botar o povo na rua” depois das manifestações do próximo domingo, para garantir que o país “faça as reformas necessárias”.
— Se a burguesia tentar dar um golpe, nós temos que assumir um compromisso de ocupar as praças, acampar, fazer vigílias e daqui do Rio Grande, como foi na campanha da Legalidade (em 1961), exigir respeito à democracia, manter o povo unido e marchar a Brasília para exigir que esses idiotas da Globo e do capital internacional, que querem botar a mão no pré-sal, respeitem a democracia e o povo possa avançar. Esperamos também que a nossa companheira Dilma tenha a coragem do velho Brizola. Dilma, não se acovarde. Não caia na esparrela do ajuste neoliberal – discursou.
E mandou um recado à militância:
— Engraxem as botas e as chuteiras, que o jogo só está começando. Quem não tiver barraca compre uma. Compre um tênis. Estamos aqui no vestiário, só nos preparando.
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