CUT e golpistas disputaram
na sede da PM direito de
manifestação na Av. Paulista
No mesmo dia em que houve confronto entre sindicalistas da CUT e provocadores do grupo Revoltados On Line diante da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro, durante ato em defesa da Petrobrás do qual participou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a central sindical anunciou que no dia 13 de março haveria novo ato em defesa da Petrobrás em várias capitais do país.
O tumulto ocorreu por conta de orquestração preparada por esse grupo que prometia “não deixar Lula falar”(Do AMgóes - Os tais 'Revoltados' foram postos pra correr na rua Araújo Porto Alegre, 71, endereço da ABI no Rio de Janeiro; quanto à fala de Lula, ela ocorreu sem qualquer contratempo e fechou o evento em defesa da Petrobras, transmitida, inclusive, em tempo real, pela TVT na internet; e sobre o 'panelaço', anotadas apenas 12 frigideiras em mãos dos neofascitas 'revoltados').
Conforme este Blog informou anteriormente, o que o grupo provocador fez foi ilegal, pois, de acordo com a Constituição Federal, no artigo que trata de direito de reunião e manifestação, endereços para os quais tenham sido convocadas manifestações não podem ser objeto de outro evento no mesmo horário.
Artigo 5º da Constituição Federal
XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente
Apesar disso, seguindo a sua tática de fazer provocações, o grupo, que tentou impedir o ex-presidente Lula de falar(mas não chegou sequer a ter acesso ao 9º andar da ABI /RJ e buscou confronto com os sindicalistas da CUT, tratou de convocar manifestação para o mesmo dia e hora em São Paulo.
Assista, abaixo, vídeo do autodeclarado líder paulista dos(neofascistas) Revoltados On Line convocando seguidores a se manifestarem no mesmo dia e local do ato convocado pela CUT.
Nesta semana, o Comando da Polícia Militar de São Paulo convocou as entidades que disputam o espaço diante do edifício-sede da Petrobrás, na avenida Paulista, para uma reunião em busca de acordo sobre a utilização daquele espaço público.
Alertado por um internauta, o Blog foi ouvir os sindicalistas responsáveis pela organização do ato da próxima sexta-feira, o vice-presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, e Renato Carvalho, secretário de Finanças da entidade, sobre a reunião, com participação do líder dos “Revoltados”, Marcelo Reis, e instituições que se manifestarão no dia e local supracitados. A reunião foi mediada pelo comandante da PM de São Paulo.
Confira, abaixo, as duas entrevistas.
Entrevista com Douglas Izzo
Blog da Cidadania – Vocês foram à Polícia Militar combinar o ato da CUT na próxima sexta-feira e lá encontraram um representante do grupo Revoltados On Line, que quer fazer manifestação no mesmo dia e local, correto?
Douglas Izzo – Exatamente, eles estão chamando uma manifestação, que eu não sei qual o objetivo, no mesmo dia e local. O que nós entendemos é que se trata de uma provocação. Já tivemos um episódio lamentável provocado por um grupo lá no Rio de Janeiro e sabemos que a estratégia desses grupos consiste em tentar colocar para a sociedade que nossas manifestações são violentas. Querem criar um ambiente de violência.
Blog da Cidadania – Você me disse em off que quando os representantes da CUT chegaram no Comando da PM encontraram um representante desse grupo Revoltados On Line. Pode falar um pouco sobre isso?
Douglas Izzo – Sim, um tal de Marcelo Reis. Por conta dele, houve uma conversa bastante dura. É um pessoal difícil. Eles são truculentos no trato.
Blog da Cidadania – Houve algum desentendimento?
Douglas Izzo – Vários desentendimentos. Vou lhe passar o telefone do Renato Carvalho, secretário de Finanças da CUT-SP, que foi quem participou da reunião. Ele poderá lhe relatar o que aconteceu.
Blog da Cidadania – Você acredita que o ato de vocês terá êxito?
Douglas Izzo – Penso que sim. Estamos estimando cerca de 40 mil participantes. Além dos que vierem participar por meios próprios, virão 400 ônibus com manifestantes do nosso lado.
[…]
Entrevista com Renato Carvalho
Blog da Cidadania – Você teve uma reunião no Comando da Polícia Militar em São Paulo para negociar a disputa com o grupo Revoltados On Line do espaço na avenida Paulista no mesmo dia. Pode relatar o que aconteceu?
Renato Carvalho – A PM convidou para participar dessa reunião que havíamos marcado todas as entidades que pretendem se manifestar; a CUT, a Apeoesp e esse grupo Revoltados On Line. O comandante da PM nos disse que havia um conflito porque o grupo dos revoltados queria fazer um ato no mesmo dia e local. E, além disso, às 14 horas a Apeoesp fará uma assembleia no Masp, a CUT fará seu ato poucos metros adiante, na Petrobrás, e, depois, os dois grupos irão se juntar e faremos uma caminhada pela avenida da Consolação até a Praça da República.O que ficou acertado é que esse pessoal 'revoltado' só irá para o local após terminarmos a nossa manifestação por lá, ao redor das 16 horas.
Blog da Cidadania – Houve algum tipo de desentendimento com os revoltados durante a reunião?
Renato Carvalho – Durante a reunião houve um debate ideológico muito forte e o líder desse grupo fez várias provocações na frente do comandante da PM, mas não entramos na provocação.
Blog da Cidadania – Que tipo de provocação ocorreu?
Renato Carvalho – Ficaram dizendo que nós somos manipulados pelo PT e que tinham medo de que nós fizéssemos a mesma coisa que diz que NÓS fizemos lá no Rio de Janeiro, apesar de que eles é que foram lá nos provocar. Mas não demos bola.
Blog da Cidadania – Ao fim, vocês chegaram a algum consenso?
Renato Carvalho – Ficou combinado que só farão a manifestação deles após terminar a nossa. Eles devem ir no mesmo horário que nós, mas a polícia diz que irá isolá-los enquanto nos manifestarmos.
Blog da Cidadania – Você teme que ocorra algum tipo de confronto?
Renato Carvalho – Nós estamos preocupados porque já na reunião no comando da PM percebemos que eles estão dispostos a fazer provocações. Se fizeram lá, provavelmente farão muito mais enquanto estivermos nos manifestando. Porém, estamos orientando o nosso lado a não aceitar essas provocações. Mas, haja o que houver, estaremos preparados.
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