A Comunicação do
Governo Dilma
é uma bosta!
Como um desastre na comunicação
leva ao desastre na política...
leva ao desastre na política...
Claro, simples e direto.
O artigo do coleguinha Augusto Diniz, reproduzido nesta sexta(5) pelo Nassif, trata do “beabá” de comunicação – política ou empresarial – que o Palácio do Planalto teima em não seguir.
Não é preciso entrar no mérito ou se é de direita ou de esquerda.
É ruim, muito ruim. É covarde, fingindo-se de prudente.
Porque simplesmente abandona a discussão e se encolhe.
Apanha em toda a parte e por qualquer razão, mereça ou não.
Um grupo de vinte pessoas, todas ligadas ao PSDB ou a movimentos de extrema direita cria um tumulto no Congresso e é “o povo, revoltado” que foi “reprimido”.
O debate político, que se faz sobretudo pela comunicação, não é uma questão “pessoal” da Presidenta, de seus colaboradores ou de seu partido.
Argumenta-se, em sua defesa e aos cochichos, que se está sendo cuidadoso, porque não se sabe a extensão do caso Paulo Roberto Costa.
Ora, se há gente dos círculos de governo envolvida, que cada um responda pelo que fez, como, aliás, disse publicamente – e mais de uma vez – Dilma Rousseff.
Não pode é o governo continuar no “corredor polonês” como se encontra. Não o de Dantzig, na Polônia da II Guerra, mas o das brincadeiras sádicas de adolescentes, onde alguém passava entre duas fileiras de pessoas dispostas a enchê-lo de tapas e cascudos.
O Governo não é só ter alguém no cargo de presidente.
Diz respeito a algo muito mais importante: o respeito ao voto popular e a defesa da democracia – política e social – deste país.
O “pacote” que o Governo carrega não é seu, é nosso, da maioria do povo brasileiro.
Se não é capaz de defendê-lo, indefesos estamos nós.
Comunicação do Governo
Federal é uma tragédia
Augusto Diniz -
No período eleitoral, como jornalista, recebia até dez e-mails/dia com iniciativas do Governo Federal e respostas da presidenta Dilma às acusações de opositores. Hoje, no máximo, vem um ou outro release de um ministério, com a lenga-lenga de sempre. Por que o governo não ressuscita a estratégia de comunicação da campanha?
A comunicação do governo é uma tragédia. Foca em responder as acusações pela mídia tradicional que trabalha para o outro lado e tem boas chances de distorcer os fatos na seção de uma espaço que seja à situação. Não faz sentido algum insistir nessa única ação.
Lembro-me bem quando Sarney foi quase derrubado da presidência do Senado, em 2009. Contratou uma tropa de assessores de imprensa, criou uma ação de comunicação contra a crise para responder às acusações e deu certo, a despeito do que estava sendo incriminado.
A Petrobras já foi melhor de comunicação no passado. Criou um blog para se antecipar a possíveis calúnias da grande imprensa. Usava-o a todo tempo. Funcionou e ganhou vários prêmios pela proposta criada – embora carregada de questionamentos no meio porque, por vezes, informava ao internauta o que havia passado a um veículo antes mesmo da matéria sair. Hoje, a empresa encontra-se absolutamente acuada – embora gaste um bom dinheiro mensalmente com assessorias de imprensa terceirizadas em todas as suas áreas.
O Governo Federal usa como porta-voz para responder às calúnias o desacreditado (até pelos seus colegas, que ele mesmo afirma receber “fogo amigo”) ministro José Eduardo Cardozo. É patético!
Também posicionar somente o presidente nacional do PT, Rui Falcão, para se pronunciar sobre as ações contra os incautos, é subestimar a importância da comunicação nessas horas. Os índices elevados de antipetismo não favorecem a réplica pelo partido.
Pior é que há semanas leio em blogs e sites progressistas alertas ao Governo Federal para essa imensa falha. No entanto, não há um sinal de que algo vá mudar.
A atividade dentro do governo chegou ao limite da inoperância. Pode-se alegar que estão esperando os ânimos serenarem na oposição, mas está claro que isso não vai acontecer.
É muita inércia em uma era marcada pelo comunicação estruturada. Daqui a pouco a mentira irá prevalecer.
Vivi 15 anos no mundo da comunicação corporativa (hoje trabalho do outro lado do balcão, como se diz na imprensa), dirigi assessorias e nunca presencie tanto desleixo com a comunicação em um governo, estando certo ou errado.
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