EUA retomam laços com Cuba após 50 anos de embargo
Do AMgóes - O presidente Obama, dos Estados Unidos, vai ao jogo com 'pule de dez', face às perspectivas de consolidação dos BRICS, ao crescimento continental da influência do Brasil na América Latina, à estratégia da Rússia na geopolítica europeia e à presença chinesa mundo afora, em particular com o investimento de Pequim no novo canal transoceânico da Nicarágua que abrirá espaços a maior cabotagem do comércio internacional, suplantando o canal de Panamá. A resistência cubana ao embargo cinquentenário dos EUA, com modelos de saúde e educação de primeiro mundo, começa a desmontar, em doses homeopáticas, o feroz bloqueio estadunidense a um diminuto país caribenho, com pouco mais de 11 milhões de habitantes, que se desvinculou, com ingentes sacrifícios de gerações, da tácita interferência neocolonizadora do poderoso vizinho e'Big Brother'. Viva o povo cubano! Viva a Revolução! Viva Fidel! Viva Guevara!
Os dois países estão tomando medidas para normalizar as relações diplomáticas mais de 50 anos depois da ruptura, em uma mudança dramática na política dos EUA que o presidente norte-americano Barack Obama anunciará nesta quarta-feira...
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos e Cuba estão tomando medidas para normalizar as relações diplomáticas entre os dois países mais de 50 anos depois da ruptura, em uma mudança dramática na política dos EUA que o presidente norte-americano Barack Obama anunciará nesta quarta-feira.
Autoridades de primeiro escalão dos EUA, falando antes do anúncio de Obama, disseram que os Estados Unidos e Cuba vão tomar medidas para abrir embaixadas nas respectivas capitais. Obama e o presidente cubano, Raúl Castro, discutiram as mudanças em conversa telefônica na terça-feira, que durou quase uma hora.
A mudança implicará um relaxamento no fluxo de comércio e transportes dos Estados Unidos para Cuba, disseram as autoridades.
Como parte de uma troca de prisioneiros sob a nova política, Cuba libertou o norte-americano Alan Gross em troca de três cubanos detidos nos EUA, disseram as autoridades. Cuba também está libertando um agente de inteligência norte-americano detido por quase 20 anos.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, vai revisar a designação dada a Cuba por Washington como um Estado que patrocina o terrorismo.
"Essas medidas serão as mudanças mais significativas em nossa política em relação a Cuba em mais de 50 anos", disse uma autoridade sênior do governo dos EUA a jornalistas. "O que estamos fazendo é iniciar a normalização das relações entre Estados Unidos e Cuba."
A autoridade disse que EUA e Cuba vão iniciar contatos de alto nível e visitas.
"Vamos iniciar imediatamente as discussões com Cuba para reestabelecer as relações diplomáticas que estão rompidas desde 1961", disse a autoridade.
Uma autoridade disse que a política está sendo alterada por conta de uma crença existente dentro do governo Obama de que o embargo norte-americano em relação a Cuba não está funcionando.
"Se existe alguma política externa americana que já passou da data de validade é a política em relação a Cuba", disse.
(Reportagem de Steve Holland e Roberta Rampton)
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