segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Cadetes, vocês sabem

que chamam um

terrorista de líder?

Fernando Brito                                                              
bolsobomba
O jornal O Dia publicou nesta segunda-feira(8) matéria sobre a acolhida “heróica” de Jair Bolsonaro(aqui) na Academia Militar das Agulhas Negras, a mais tradicional escola de formação de oficiais do Exército Brasileiro.
Deve ser identificado o oficial que reuniu a tropa de aspirantes para ouvir a promessa de Bolsonaro de que em 2018 “levará o Brasil para a direita”.
Quartel não é lugar de campanha eleitoral, a menos que se queira que virem uma bagunça perigosa, porque armada.
Mas os jovens cadetes da Aman, se têm de fato líderes à altura das tradições de nossas Armas devem é ser esclarecidos de que o homem a quem chamaram de 'líder' já esteve envolvido em planos terroristas de explodir bombas naquela escola.
E, ainda pior do que qualquer terrorista político, por dinheiro.
Por mais justo que seja o desejo de melhoria no soldo, nada justifica, na ótica militar, espalhar bombas numa escola de oficiais do Exército para mostrar que o Ministro, um oficial-general, “não mandava em nada”.
O plano de Jair Bolsonaro para obter aumento de soldo em 1987 está minuciosamente descrito por uma publicação que não pode, em qualquer hipótese, ser chamada de esquerdista.
É a Veja, edição número 999, de 27 de outubro de 1987, quando aqueles rapazes fardados nem ainda nascidos eram, que está reproduzida lá em cima e que pode ser lida na íntegra aqui e aqui, a qual cheguei pelo texto, publicado, três anos e meio atrás, pelo jornalista Luiz Egypto, no Observatório da ImprensaCapitão Bolsonaro, (aqui) a história esquecida
Possivelmente aqueles cadetes nem saibam disso, mas é preciso que saibam.
Mas não podem ser reunidos em plena AMAN para aplaudir quem ia detonar sorrateiramente petardos ali mesmo(e matar outros militares que ali trabalhavam e estudavam).
A não ser que os senhores oficiais comandantes da Aman e do Exército queiram formar seus aspirantes a oficial com a estranha noção de que discordâncias de seus comandantes podem ser enfrentadas a TNT e mecanismos de detonação.
Justo numa escola que tem em seu hino  um “Somos a esperança/De um Brasil inteligente”.
Diante de tantas versões de mal-estar nas Forças Armadas com a revelação do passado, que macula homens, mas não a instituição que mais igualdade deu ao trato com os brasileiros, onde um simples filho de operário podia, por seus méritos, chegar ao oficialato, parece que não se pode esquecer que perigo, mesmo, é o futuro, se permitir-se  que oficiais do Exército possam já ao receber seus espadins, violar o apartidarismo que é lei e, pior, aplaudir um homem que planejou, um dia, explodir bombas em seu próprio quartel.
PS. Para quem duvida que isso ocorreu, posto abaixo o vídeo deprimente, com a promessa de jogar o Brasil para a direita. Imaginem o que diriam os “coxinhas da mídia” se, em lugar de direita, fosse esquerda…Seria a Intentona Comunista, parte II.


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